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Após recusar acordo, Safadão diz ter sido mal assessorado: "Sei que errei"

O cantor de forró se manifestou em suas redes sociais sobre o processo judicial

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Wesley Safadão
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O cantor Wesley Safadão fez um pronunciamento em sua conta do Instagram, nesta 6ª feira (29.out), após não ter aceitado o acordo proposto pelo Ministério Público do Ceará (MPCE), na última 5ª feira (28.out), para doar uma quantia de dinheiro para organização social. O músico, sua esposa e a assessora estão sendo investigados por furar a fila da vacina da covid-19. 

Nos stories da sua conta no Instagram, Wesley Safadão falou sobre o processo e disse não estar sendo tratado como um cidadão. "Sei que errei e quero ser tratado como um cidadão e não da forma como estão querendo me tratar", afirmou. 

Safadão justificou que não aceitou o acordo, pois o MP queria que ele se declarasse culpado e que a proposta envolvia uma quantia de quase R$ 1 milhão, que de acordo com o cantor, para um cidadão comum é infinitamente menor o valor. Sobre a doação, o músico falou que sempre doa dinheiro para organizações sociais e a recusa do acordo não foi conta deste motivo.

Sobre a vacinação, Safadão disse que não furou a fila da vacina, mas que foi mal assessorado e acabou sendo imunizado em outro local e não no que tinha agendado anteriormente.

"Peço perdão à população da minha cidade, do meu país, hoje realmente vi que fui mal assessorado sobre me vacinar em outro local, me disseram que não tinha nenhum problema essa mudança e eu acreditei. Realmente fui mal orientado", concluiu. 

Entenda o caso

O cantor Wesley Safadão e sua mulher Thyane Dantas, além da assessora do músico, Sabrina Tavares, negaram um acordo ofertado pelo Ministério Público do Ceará (MPCE) nesta última 5ª feira (29.out). O órgão propôs o pagamento de um valor em dinheiro a uma organização social para que a investigação criminal fosse encerrada. 

O cantor, a esposa e a assessora são processados por furar a fila da vacina da covid-19. Thyane Dantas foi imunizada em 8 de julho de 2021, ela tinha 30 anos e, na época, o calendário municipal previa a aplicação em pessoas com 32 anos. Wesley Safadão, com 32 na época, e Sabrina Tavares foram vacinados em um shopping no mesmo dia, sendo que estavam agendados para outro local. 

Por não terem aceitado o acordo de não persecução penal -- que foi incluído na legislação brasileira por meio do pacote anticrime, em 2020 --, Safadão, Thyane e Sabrina podem ser denunciados pelo MPCE pelas irregularidades cometidas na vacinação. Na prática, a investigação não gerou um processo judicial que pode torná-los réus. 

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