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Brasil

Desmatamento da Amazônia chega a 1.224 km² no mês de setembro

Tamanho corresponde a cidade do Rio de Janeiro e é a pior marca para o mês em 10 anos

Imagem da noticia Desmatamento da Amazônia chega a 1.224 km² no mês de setembro
Pará foi identificado como a área mais desmatada de setembro, responsável por 39% da destruição | Divulgação/Greenpeace
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O ritmo do desmatamento na Amazônia segue acelerado, contabilizando as piores marcas dos últimos dez anos. Segundo dados do Sistema de Alerta de Desmatamento (SAD) do Instituto do Homem e Meio Ambiente da Amazônia (Imazon), divulgados nesta 4ª feira (20.out), o mês de setembro registrou perda florestal de 1.224 km² -- tamanho correspondente a quatro mil campos de futebol ou a cidade do Rio de Janeiro.

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De acordo com o levantamento, esse foi o sexto mês de 2021 em que a Amazônia teve a maior área destruída na década: março, abril, maio, julho e agosto também registraram o pior desmatamento desde 2012. Com isso, o acumulado de janeiro a setembro deste ano chegou a 8.939 km², 39% a mais do que no mesmo período em 2020 e o pior índice em dez anos.

Acumulado de desmatamento anual | Imazon

O desmatamento registrado em setembro foi apenas 1% superior do que o detectado no mesmo mês em 2020, quando a Amazônia também perdeu uma área expressiva de floresta: 1.218 km². No entanto, em comparação com 2019, a devastação em setembro deste ano é 53% maior. Já em relação à 2018, é quase três vezes superior.

A partir do mapeamento, o Estado do Pará foi identificado como a área mais desmatada no mês de setembro, responsável por 39% da destruição na região -- 474 km². Em relação às áreas protegidas, seis das dez terras indígenas mais afetadas estão em solo paraense, assim como metade das unidades de conservação mais atingidas.

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Amazonas e Rondônia foram o segundo e o terceiro Estados que mais desmataram em setembro, com 261 km² (21%) e 178 km² (14%) destruídos, respectivamente. Os dados reforçam o alerta de que a devastação está avançando na divisa desses dois estados com o Acre, que em setembro ficou em quinto no ranking dos que mais desmatam, com 118 km² (10%).

"A intensificação do desmatamento na Amazônia Legal não favorece a imagem do Brasil na COP-26. É necessário que o país adote urgentemente medidas significativas para combater o desmatamento e, consequentemente, reduzir as emissões dos gases de efeito estufa", afirma a pesquisadora do Imazon, Larissa Amorim.

Veja reportagem do SBT Brasil:

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