De Ilhabela ao Xingu: a lista dos naufrágios mais recentes do Brasil
Levantamento do SBT News mostra quatro acidentes nos rios e no mar da costa brasileira
O naufrágio do barco-hotel no rio Paraguai, no pantanal sul-matogrossense, ocasionado por fortes ventos, matou seis pessoas, nesta última 6ª feira (16.out) e uma ainda está desaparecida. Acidentes assim, em rios e na costa marítima brasileira não são incomuns e são ocasionados por diversos motivos, desde pane no sistema da embarcação, mau tempo, excesso de passageiros, até colisão em rochas.
O SBT News fez um levantamento de alguns acidentes em rios e no mar que banha a costa do Brasil. Confira a lista abaixo:
Bateau Mouche IV - Rio de Janeiro (1988)
Em pleno Réveillon de 1988 antes das queimas de fogos que invadem a Baía de Guanabara, no Rio de Janeiro, a embarcação de turismo Bateau Mouche IV naufragou enquanto estava em direção ao bairro de Copacabana. Fortes ondas, movimentação dos passageiros para assistir aos fogos e tranporte de mais pessoas que a lotação permitira causaram o seu naufrágio, às 23h50.
Com 142 pessoas a bordo, o naufrágio deixou mais de 50 mortos. Dentre eles, a atriz Yara Amaral. O acidente deixou o Brasil em luto naquele Ano Novo. Os sócios majoritários da empresa Bateau Mouche Rio Turismo foram condenados por homicídio culposo em 1993, no entanto, em 1994, eles fugiram para a Espanha.
Capitão Ribeiro - rio Xingu, Pará (2017)
Em 22 de agosto de 2017, por volta das 21h, o barco chamado Capitão Ribeiro, barco-motor feito de madeira, afundou no rio Xingu, no Pará. A embarcação havia saído de Santarém com destino à Vitória do Xingu, perto da usina de Belo Monte e não tinha registro para fazer o transporte de passageiros.
Na noite do acidente, uma forte tempestade com rajadas de vento atingiu o barco, que foi invadido por uma tromba d'água, girou e afundou em seguida. Cerca de 23 pessoas morreram. Este foi o pior acidente do gênero no Pará desde a década de 1980.
Novo Amapá - Amapá (1981)
Há quatro décadas, em 1981, exatamente no dia 6 de janeiro, o barco Novo Amapá naufragou no Rio Cajiri, pouco antes das 21h. A embarcação, que partiu de Santana com destino em Almeirim, no Pará, tombou por causa da superlotação.
O barco conseguia suportar no máximo 400 pessoas e meia tonelada de mercadoria, no entanto, o barco partiu do porto de Santana com cerca de 600 passageiros e quase uma tonelada de carga comercial. Este foi o maior naufrágio da história do Amapá. Até hoje, os números exatos de mortos não foram descobertos, o que se sabe é que mais da metade das pessoas que embarcaram no Novo Amapá morreram.
Príncipe de Astúrias - Ilhabela (1916)
A maior tragédia marítima brasileira, conhecida como Titanic brasileiro, foi o naufrágio do navio Príncipe de Astúrias, em 1916, em Ilhabela, São Paulo. Em 5 de março, a caminho do porto de Santos uma forte chuva atingiu o navio e a visibilidade era baixíssima. Na madrugada, o navio bateu na laje submersa da Ponta de Pirabura, na costa leste de Ilhabela.
Com 654 pessoas a bordo e a possibilidade de mais mil passageiros fugindo da Primeira Guerra Mundial em seus compartimentos inferior, o navio, depois do impacto, afundou em poucos minutos e centenas de pessoas morreram, oficialmente, foram 445 registros de vítimas, no entanto, o número pode ser ainda maior. Hoje, os escombros do navio são local de mergulho e encontram-se a 20 metros de profundidade a parte mais rasa e 50 metros a parte mais funda.