Defesa de Moro afirma que Bolsonaro tenta esvaziar análise do STF
Presidente decidiu prestar depoimento presencial sobre suposta interferência na Polícia Federal
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A defesa do ex-juiz Sérgio Moro se manifestou, nesta 4ª feira (06.out), sobre a decisão do presidente Jair Bolsonaro em se antecipar ao Supremo Tribunal Federal (STF) e informar que vai prestar depoimento presencial à Polícia Federal no inquérito que apura uma suposta interferência política na instituição.
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Segundo o advogado de Moro, a Advocacia Geral da União (AGU) "tentou esvaziar o teor do agravo regimental interposto na corte", que votaria em sessão para decidir como seria realizado o depoimento do presidente."Esse posicionamento somente confirma a procedência da tese defendida", afirmou a defesa do ex-juiz.
O inquérito foi instaurado a pedido da Procuradoria-Geral da República após denúncia de Sérgio Moro, que foi ministro da Justiça e Segurança Pública do governo Bolsonaro. Ao deixar o cargo em 24 de abril do ano passado, Moro justificou a decisão com uma suposta interferência do presidente na PF.
Confira nota da defesa de Sérgio Moro:
"A defesa de Sérgio Moro, ex-ministro da justiça, destaca que a postura adotada pela Advocacia Geral da União (AGU) de protocolar uma petição no dia de hoje, minutos antes do início da sessão plenária do Supremo Tribunal Federal (STF), concordando com o interrogatório presencial do investigado, Jair Bolsonaro, no Inquérito 4831, tentou esvaziar o teor do agravo regimental interposto na corte pela própria AGU. Os Advogados de defesa de Sérgio Moro reforçam que esse posicionamento somente confirma a procedência da tese defendida, desde o início da discussão do caso. A partir de agora, aguardamos a designação da data para a realização do ato procedimental de oitiva do investigado".