Léo Pinheiro escreve carta em que volta atrás em acusações contra Lula
Em delação, ex-presidente da OAS acusou o petista de tráfico de influência internacional
Léo Pinheiro, ex-presidente da empreiteira OAS, voltou atrás em declarações que havia dado em acordo de colaboração premiada e disse "não saber informar se houve intercessão do ex-presidente Lula junto à [então] presidente Dilma" em episódio no qual o petista foi acusado de tráfico de influência internacional.
A nova declaração consta em carta escrita de próprio punho por Léo Pinheiro. O conteúdo foi reproduzido pela defesa de Lula para pedir o arquivamento do processo. Em delação, Léo Pinheiro afirmou que a OAS teria contratado o ex-presidente para ministrar uma palestra na Costa Rica, em 2011, ao custo de US$ 200 mil. O petista teria, então, se comprometido a influenciar, em data não especificada, a então presidente, Dilma Rousseff, e o então ministro do Planejamento, Paulo Bernardo, para que fosse ampliada a participação do Brasil no Banco Centro Americano de Integração Econômica (BCIE) de modo a beneficiar a OAS.
Na carta, Léo Pinheiro responde a questionamentos feitos acerca de sua delação. Além do trecho sobre a intercessão de Lula, ele diz não ter conhecimento, nem ter autorizado "nenhum pagamento ou oferta de vantagens indevidas"; também que "não houve nenhuma menção direta ou indireta sobre vantagens indevidas durante o encontro ocorrido na Costa Rica"; ainda que "a empresa OAS não obteve nenhuma vantagem, pois inclusive não foi beneficiada por empréstimos do BCIE".
Confira a íntegra da carta: