Rosa Weber mantém quebra de sigilo de blogueiro bolsonarista
Defesa de Allan dos Santos considerou a medida "desproporcional"
SBT News
A ministra Rosa Weber, do Supremo Tribunal Federal (STF), manteve a quebra dos sigilos telefônico, telemático, bancário e fiscal de Allan Lopes dos Santos, do Canal Terça Livre, aprovada pela Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Covid. Os senadores também terão acesso a relatório de inteligência financeira sobre o blogueiro bolsonarista, a ser elaborado pelo Conselho de Controle de Atividades Financeiras (Coaf).
De acordo com o STF, a ministra deferiu liminar apenas para determinar a preservação dos dados obtidos a partir dos documentos sigilosos, que só poderão ser acessados pelos senadores que integram a CPI.
A defesa de Allan dos Santos considerou a medida "desproporcional", alegando que parte do princípio de que o blogueiro tenha exercido cargo público, quando sempre atuou na iniciativa privada.
A CPI afirmou que Santos faria parte do chamado "gabinete do ódio", responsável pela disseminação de conteúdos falsos e "contra a ciência, a saúde pública e a vida". Também informa que ele teria sido assessor especial do Poder Executivo.
Em sua decisão, a ministra Rosa Weber diz que os requerimentos estão adequados ao objetivo de elucidar as ações e omissões do governo federal no enfrentamento da pandemia da Covid-19. Segundo o Supremo, as razões que motivaram a quebra dos sigilos apontam Allan dos Santos como integrante do "grupo que influenciou fortemente na radicalização política adotada pelo Palácio do Planalto, interferindo e influenciando ações políticas por meio da divulgação de informações falsas em redes sociais".
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