Mulher em coma há 21 anos não é criança desaparecida em 1976, diz polícia
Resultado da comparação de materiais biológicos aponta exclusão de paternidade e maternidade
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Clarinha, a mulher que está há 21 anos em coma no Hospital da Polícia Militar (HPM) em Vitória, não é a Cecília São José de Faria, a criança que foi sequestrada no litoral capixaba em 1976. A informação foi confirmada por meio de uma nova comparação, feita nesta 5ª feira (5.ago), das amostras biológicas dos pais de Cecília com as da paciente, inseridas em fevereiro de 2013 e novembro de 2015, respectivamente, no Banco de Dados de Perfis Genéticos.
O resultado aponta exclusão de paternidade e maternidade. Segundo a Polícia Civil de Minas Gerais (PCMG), o estado e o Espírito Santo fazem parte da Rede Integrada de Bancos de Perfis Genéticos, e, dessa forma, é possível o confronto periódico de amostras inseridas pelos Laboratórios de DNA Forense do país. Portanto, diz a PCMG, se Clarinha fosse de fato Cecília, a maternidade/paternidade já teria sido confirmada em novembro de 2015.
Cecília morava em Betim (MG). O sequestro ocorreu quando tinha 1 ano e 9 meses e havia ido com a família passar férias em Guarapari (ES). De acordo com a polícia, na época, todas as providências cabíveis foram tomadas para procurá-la, entre as quais divulgação das imagens da criança e dos familiares e contato com as redes de assistência social, e o caso foi amplamente divulgado pela mídia nacional.
Ao longo dos anos, os investigadores receberem informações de mulheres que poderiam ser a garota desaparecida, mas o confronto genético descartou todas as possibilidades. A que participou do teste mais recente, Clarinha, entrou em coma após ser atropelada por um ônibus no centro de Vitória.
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