Anvisa encerra análise de uso emergencial da vacina Covaxin
Contrato do imunizante é alvo de investigação da CPI da Covid no Senado
A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) suspendeu, neste sábado (24.jul), a análise do pedido de uso emergencial da vacina Covaxin. A decisão foi unânime pela diretoria colegiada da agência.
A definição foi realizada após o laboratório indiano Bharat Biotech, que desenvolveu a vacina, rescindir, na última 6ª feira (23.jul), o acordo com a Precisa Medicamentos, empresa brasileira que atuava na intermediação do contrato de compra da Covaxin pelo Ministério da Saúde. No mesmo dia, a Anvisa suspendeu, por precaução, os testes clínicos da vacina indiana no Instituto Albert Einstein.
A Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Covid analisa supostas irregularidades no contrato da compra da vacina Covaxin.
De acordo com a Anvisa, a ruptura do contrato entre Bharat Biotech e Precisa fez com que a Covaxin ficasse sem representante nacional. Segundo o voto da relatora e diretora da Anvisa, Meiruze Freitas, a negativa está ancorada ao princípio da eficiência. "Uma vez que seguir com uma avaliação técnica de uma petição já administrativamente corrompida implicaria em significativo desperdício de esforços e recursos da administração", destacou.
A Bharat Biotech, no comunicado de rompimento com a Precisa, disse que vai continuar as tratativas com a Anvisa para obter as aprovações necessárias para o uso da Covaxin no país. No entanto, o Ministério da Saúde indica que não tem mais intenção de incluir a Covaxin no Plano Nacional de Imunização (PNI).