Servidores da Fundação Casa entram greve
Funcionários alegam estar sem reajuste salarial desde 2015
Desde as 7h desta 4ªfeira, os servidores da Fundação Centro de Atendimento Socioeducativo ao Adolescente (Casa) decidiram em assembleia geral por uma greve. Os funcionários públicos alegam que não o governo estadual não atendeu as reivindicações salariais, sendo que a categoria não tem reajuste desde 2015.
Segundo o Sindicato dos Servidores Público e Empregados Celetistas nas Fundações e Entidades do Sistema Estadual de Atendimento Socioeducativo ao Adolescente em Conflito com a Lei do Estado de São Paulo (Sitsesp), os servidores estão sem reajuste salarial desde 2015 e sem repasse de inflação desde 2019. No entanto, houve reajustes anuais no valor do plano de saúde em negociações sem a participação dos servidores.
Os trabalhadores também alegam que há dez anos não há Plano de Cargos e Salários aplicado às funções, além do comunicado de que o valor do vale refeição será cortado ou descontado em caso de férias afastamento por comorbidades ou compulsório licença maternidade/adotante, atestado médico e falta injustificada, entre outros.
No entanto, a Comissão de Política Salarial do governo de São Paulo, disse que não obteve autorização para recomposição salarial no período data-base de 01/0/2020 a 28/02/2021, que deveria ser aplicada em janeiro de 2022 aos trabalhadores da Fundação Casa. A única proposta ofertada pelo governo paulista foi de fazer reajustes no vale refeição.
"O Sindicato Requerido entende que a proposta apresentada é insuficiente para possibilidade de acordo, já que estão em discussão vários outros itens, conforme já declinados na audiência anterior. Diante disso, em assembleia já designada para a data de hoje, a Categoria poderá deliberar pela greve já anteriormente anunciada e comunicada à Fundação Requerente", diz o documento do termo de audiência realizada no Tribunal Regional do Trabalho..
Com isso, a partir de uma assembleia realizada na 3ªfeira (15.jun), 75% trabalhadores decidiram pela paralisação das suas atividades.
Além disso, o sindicato da categoria promete organizar um ato no dia 23 de junho que deve começar no MASP, passando pelo TRT e deve seguir até a Secretária de Justiça e Cidadania.
Leia abaixo a ata da audiência entre Fundação Casa, TRT e Governo de SP:
