Governador do RJ defende operação que deixou 28 mortos no Jacarezinho
Cláudio Castro publicou vídeo nas redes sociais a favor da ação; operação é questionada por organizações
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O governador do Rio de Janeiro, Cláudio Castro (PSC), defendeu a operação policial na comunidade do Jacarezinho, na Zona Norte do capital, que deixou 28 mortos na última 5ª feira (6.mai).
Nas redes sociais, Castro publicou, nessa 6ª feira (8.mai), um vídeo declarando que a ação policial foi para cumprir mandados de prisão e feita de forma planejada."Foram dez meses de trabalho de investigação", escreveu o governador. No vídeo, Castro diz que a segurança pública é um dos maiores desafios do estado do Rio, e que o seu governo, iniciado em agosto de 2020 - após afastamento do governador eleito Wilson Witzel (PSC) - atua contra a milícia.
"Antes de mais nada é preciso deixar claro que a operação de ontem, realizada pela polícia civil, foi o fiel cumprimento de dezenas de mandados expedidos pela justiça. Foram dez meses de investigações", declarou.
É preciso deixar claro que a Operação de ontem, realizada pela @PCERJ, foi o fiel cumprimento de dezenas de mandados expedidos pela Justiça. Foram dez meses de trabalho de investigacao que revelaram a rotina de terror e humilhação que o tráfico impôs aos moradores. pic.twitter.com/GcziIaPStw
? Cláudio Castro (@claudiocastroRJ) May 8, 2021
O governador também disse que o estado é "o maior interessado em apurar a circunstâncias dos fatos". E que ele já entrou em contato com autoridades jurídicas, como o procurador-geral da República, Augusto Aras, o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Edson Fachin e representantes do estado.
Organizações do Brasil e do exterior, além de especialistas, questionam a efetividade da operação. Assim como o que motivou a ação policial durante a pandemia -- uma decisão do STF havia proibido operações policiais no RJ durante a crise da covid-19, a não ser que fosse de extrema excepcionalidade.
A Organização das Nações Unidas (ONU) também se manifestou contra a conduta policial e pediu investigação sobre a operação. Moradores da comunidade fizeram ao menos três protestos contra a ação. Nas redes sociais foram compartilhados relatos de mortes em ruas e dentro de casas.
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