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Brasil

"Jogo só termina quando acaba", diz Saraiva a "ladrões de madeira"

Em abril, delegado encaminhou notícia-crime ao STF contra ministro do Meio Ambiente e senador

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Alexandre Saraiva
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Sem citar nomes, o delegado da Polícia Federal Alexandre Saraiva fez uma publicação no Twitter, nesta 5ª feira (6.maio), em que faz referência à maior apreensão de madeira ilegal da história do Brasil. "Aviso aos ladrões de terras e madeira: o jogo só termina quando acaba. Sentenças são sujeitas a recurso", disse.

Em abril, enquanto chefiava a Superintendência da PF no Amazonas, Saraiva enviou ao Supremo Tribunal Federal (STF) uma notícia-crime contra o ministro do Meio Ambiente, Ricardo Salles, e contra o senador Telmário Mota (Pros-RR), em que os acusa de terem atrapalhado medidas de fiscalização ambientais durante a Operação Handroanthus. Logo após apresentar a denúncia, o delegado foi demitido do cargo na superintedência. Na notícia-crime, Saraiva alega que o ministro do Meio Ambiente e o senador Salles e Telmário "patrocinam interesses privados, valendo-se da qualidade de funcionário público".

Na época da apreensão, o próprio ministro gravou um vídeo em que afirmava que a madeira não era ilegal. 

Ambos negam irregularidades. Em nota divulgada na época, o senador Telmário Mota afirmou que a denúncia era "leviana", vinda "de uma pessoa com clara intenção de autopromoção e evidente sentimento de vingança".

Procurado pelo SBT News, o Ministério do Meio Ambiente não comentou a publicação do delegado. 

Operação

A Operação Handroanthus, deflagrada em dezembro do ano passado pela PF em parceria com o Ministério Público Federal, apreendeu 131 mil m³ de madeira em tora na divisa dos estados do Pará e do Amazonas. 

Nesta 4ª feira (5.maio), a Justiça Federal do Amazonas determinou que a Polícia Federal devolvesse parte da madeira e maquinários apreendidos no Amazonas durante a operação.

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