Viúva do miliciano Adriano da Nóbrega é procurada em nova operação
Julia é um dos alvos do Ministério Público do Rio. Ex-policial foi morto em fevereiro de 2020 na Bahia
Viúva de Adriano da Nóbrega (Foto: Reprodução redes sociais)
SBT News
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Julia Emilia Mello Lotufo, viúva do miliciano Adriano da Nóbrega, é alvo da Operação Gárgula, do Ministério Público do Rio de Janeiro nesta 2ª feira (22.mar). Ela e outras duas pessoas são acusadas de lavagem de dinheiro e movimentação de recursos vindos de negócios ilícitos do ex-policial do Bope, morto em fevereiro de 2020.
Outro alvo da operação seria o sargento da PM Luiz Carlos Felipe Martins, o Orelha, assassinado no último sábado (19.mar) em Realengo, também na zona oeste do Rio. O bairro é alvo de disputa entre traficantes e milicianos.
São três mandados de prisão e 27 de busca e apreensão contra a organização criminosa. Nóbrega era apontado como líder da milícia que opera na comunidade do Rio das Pedras, na zona oeste do Rio e fazia parte do chamado "Escritório do Crime", um grupo de matadores de aluguel.
Segundo a denúncia do MP, os denunciados, sob o comando de Adriano, os denunciados praticaram crimes de agiotagem e lavagem de dinheiro para o miliciano. As manobras serviam para lavar o dinheiro ilegal obtido pelos crimes de Adriano.
Carro apreendido na operação de hoje (Foto: Divulgação MPRJ)
Uma das empresas usadas era a Cred Tech Negócios Financeiros Ltda., tendo como sócios o PM Rodrigo Bittencourt e Carolina Mandin, as investigações mostraram que a empresa era apenas uma fachada e movimentou, entre 1º de agosto de 2019 e 28 de abril de 2020, o total de R$ 3.624.531,00.
O sargento Luiz Martins é descrito na denúncia como homem de confiança de Adriana e ajudava na administração dos empréstimos feitos pelo grupo de agiotagem. Ele era responsável por levar o dinheiro a familiares e prestadores de serviço de Adriano e pelo pagamento das despesas pessoais do chefe da quadrilha com aluguel, carros e cartões de crédito.
Já a viúva, Julia Lotufo, é apontada como responsável pela contabilidade e gestão financeira de Adriano nas atividades criminosas no Rio das Pedras. Era a ela que os donos das empresas de fachada se reportavam para prestar contas.