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Passageiros reféns de sequestro retomam rotina no ônibus

Acompanhe a rotina dos passageiros que foram feitos de reféns no sequestro de um ônibus na ponte Rio-Niterói

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Passageiros reféns de sequestro retomam rotina no ônibus
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Apenas um dia após o sequestro de um ônibus na ponte Rio-Niterói, no Rio de Janeiro, os passageiros feitos de reféns já voltaram a rotina, e refazem trajeto que causou tanto medo e apreensão. O veículo da linha 2520 parte as 4h20 da manhã, de São Gonçalo com destino ao centro do Rio de Janeiro. 

Uma das primeiras pessoas a entrar é o professor de Educação Física, Douglas Mendonça, uma das 39 vítimas. Apesar da situação traumatizante, Douglas segue para mais um dia de trabalho: "A gente tem que continuar vivendo, não posso parar. Pesado é, muitas pessoas não vão conseguir, como não conseguiram, mas a gente tem que fazer esse esforço". Durante a viagem, o professor lembra dos momentos difíceis, como quando o sequestrador começou a colocar objetos com gasolina dentro do ônibus, e todos acharam que ele ia explodir o veículo: "Pelo estado dele, ele ia desistir da vida dele e levar todo mundo junto."

Outro refém, o montador de móveis Patrick dos Santos, também teve que refazer o trajeto, e diz que rezou antes de sair de casa, para que não aconteça uma situação assim de novo. O ônibus se aproxima da ponte Rio-Niterói, cerca de meia hora depois de sair de São Gonçalo, e a partir desse ponto a tensão aumenta. A próxima parada é o ponto em que o sequestro foi anunciado. "Não dá pra falar que você não lembra um filme na cabeça de como que aconteceu", acrescenta Patrick. As quase quatro horas de medo chegaram ao fim com a morte do sequestrador, os passageiros do ônibus comemoraram o momento em que ele foi atingido pelos disparos, ainda de acordo com Patrick, "Aí as pessoas aliviadas comemoraram dentro do ônibus. Não a morte, mas a vitória da vida".

Alívio é a sensação para aqueles que chegaram em segurança, uma dia após o pesadelo. Patrick destacou que apesar da situação que ele passou, a vida segue, o trabalho também, e não se pode parar.

 

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