Cúpula do G-20: Bolsonaro se reúne com líderes mundiais no Japão

O presidente Jair Bolsonaro esteve, pela primeira vez, nesta sexta-feira (28), ao lado dos líderes das vinte maiores economias do planeta, em Osaka, no Japão, na reunião da Cúpula do G-20 - grupo do qual o Brasil é um dos fundadores. 

Os sorrisos para as câmeras, porém, escondem as grandes discordâncias nos bastidores. 

No encontro paralelo dos BRICS, grupo formado por Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul, Bolsonaro pediu ajuda para uma solução para a crise na Venezuela. Mas, ao lado dele, estavam também os presidentes Xi Jinping e Vladimir Putin, que, ao contrário do brasileiro, defendem a permanência de Nicolás Maduro no poder. 

Além de encontros com a presença de vários chefes de Estado, o G-20 é uma oportunidade também para as chamadas reuniões bilaterais - encontros formais entre dois líderes de Governo que quere, melhorar a relação entre seus países. 

Neste mérito, o Brasil teve momentos diferentes nesta sexta-feira (28). Com o presidente norte-americano Donald Trump, por exemplo, com quem se encontrou pela segunda vez desde a sua posse, Bolsonaro confirmou o alinhamento com a maior potência econômica do mundo. 

Os dois trocaram, inclusive, elogios, e presidente do Brasil fez um convite para que Trump visitasse o país. "Gosto muito do povo americano. Gosto de Trump. Torço pela sua reeleição. Espero que nos visite antes das eleições se for possível, para mostrar para o Brasil e para o mundo que nossa política mudou de verdade. Nos interessa, e temos o prazer de nos aproximarmos dos Estados Unidos", afirmou Bolsonaro. 

O Governo brasileiro anunciou uma reunião do mesmo porte com o francês Emmanuel Macron, no entanto, o Governo da França revelou ao SBT Brasil que tal encontro nunca foi confirmado. Os dois apenas tiveram uma conversa informal na área onde circulam as autoridades. 

Apesar de não se reunirem, Jair Bolsonaro indicou a Macron que o Brasil deve permanecer no acordo do clima de Paris, após a ameaça do presidente francês em não apoiar um acordo de livre comércio entre Mercosul e União Europeia, caso o Governo brasileiro abandone o pacto. 

Já o porta-voz da Presidência, Otávio Rêgo Barros, declarou que Macron foi convidado a visitar a Amazônia. 

Informais também foram os encontros com a alemã Angela Merkel e com o socialista Pedro Sánchez, primeiro-ministro da Espanha. 

A maioria das críticas à política ambiental do Governo Bolsonaro vem dos líderes europeus - imagem que Jair Bolsonaro está tentando reverter durante o G-20. 

Ainda no início da noite, Bolsonaro participou de um jantar oferecido a todos os chefes de Estado pelo primeiro-ministro do Japão no castelo de Osaka. 

Bolsonaro comemora acordo entre Mercosul e União Europeia

Em uma rede social, Jair Bolsonaro comemorou o acordo de livre comércio firmado, também nesta sexta-feira (28), em Bruxelas, na Bélgica. 

O presidente elogiou ministros e ressaltou a importância da parceria, afirmando que ela trará grandes benefícios para a Economia do país. 

"Histórico! Nossa equipe, liderada pelo Embaixador Ernesto Araújo, acaba de fechar o Acordo Mercosul-UE, que vinha sendo negociado sem sucesso desde 1999. Esse será um dos acordos comerciais mais importantes de todos os tempos e trará benefícios enormes para nossa economia", escreveu Bolsonaro no Twitter.