O produtor gaúcho está imerso em dívidas
Produtores se encontram para reivindicar recursos aos atingidos pelas enchentes no RS. Eles ainda não foram atendidos pelos governos, diz Alessandra Bergmann
Alessandra Bergmann
O produtor rural gaúcho não recebeu nem um centavo para reparar os prejuízos do setor, que já superam 3,3 bilhões de reais. Sem crédito para recomeçar, ainda é necessário reorganizar tudo o que foi perdido, reparar o solo tragicamente prejudicado e recuperar as criações de gado, aves e suínos.
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Pedidos formalizados por entidades como Fetag e Farsul ainda não foram atendidos pelos governos.
O movimento SOS Agro RS está promovendo uma grande manifestação na próxima quinta-feira, dia 4 de julho, em Cachoeira do Sul, onde são esperados mais de 5 mil produtores para reivindicar pedidos já formalizados pela Federação da Agricultura do Estado do Rio Grande do Sul, incluindo crédito emergencial para reconstrução, reinvestimento e capital de giro, com parcelamento em até 15 vezes e juros reduzidos para os atingidos.
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Segundo os organizadores, o movimento dará espaço para manifestações pacíficas com o objetivo de sensibilizar políticos e governo, principalmente para buscar uma solução para as dívidas.
Mais de 80% das propriedades rurais foram afetadas, com perdas na produção e na infraestrutura, incluindo galpões, casas e estradas.
Somente na pecuária de corte, quase 15 mil bovinos morreram por causa das cheias.
O desafio é enorme para que o estado volte a ser a potência de produção que era.
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A semana também será marcada pelo anúncio do Plano Safra, que beneficia produtores rurais de todo o país com recursos para a produção deste ano até a metade do ano que vem.
Esse Plano Safra é diferente do plano extraordinário solicitado pelos produtores gaúchos que estão afundados nos prejuízos da enchente, sem contar as perdas que virão daqui para frente, pois a retomada está difícil sem uma ajuda oficial efetiva.