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A fruta que precisa ficar longe do pé

Colunista Alessandra Bergman comenta a situação da fruticultura que está no cenário das dúvidas e incertezas

A fruta que precisa ficar longe do pé
Rio Grande do Sul possui várias espécies frutiferas, sendo um dos maiores produtores | Unsplash
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O Rio Grande do Sul produz 37 espécies frutíferas diferentes que chegam diretamente à nossa mesa. Com os alagamentos, muitos pomares ficaram embaixo d’água por vários dias.

Com isso, os produtores temem o apodrecimento das raízes, e só o tempo vai dizer se essas plantas resistirão. Isso vale para a maçã, a uva, o pêssego, o figo, os cítricos, como laranja, limão e bergamota, também muito atingidos, e várias outras.

Vamos ao exemplo do pessegueiro, que agora está na fase de dormência. A colheita se concentra lá em dezembro e janeiro.

Os estragos decorrentes das chuvas atuais podem aparecer apenas nas próximas safras. Lembrando que o Rio Grande do Sul responde por quase 70% da produção nacional de pêssegos.

A situação da maçã é praticamente a mesma, sendo que o Rio Grande do Sul divide com Santa Catarina o posto de maior produtor da fruta.

No caso da uva, a produção de vinhos no Rio Grande do Sul é a maior do Brasil, responsável por cerca de 90% da produção nacional. A safra deste ano está garantida porque as uvas já haviam sido colhidas. Mas a do próximo ano também pode estar comprometida.

Já nos cítricos, devido à alta umidade, as laranjas e bergamotas estão menores, com rachaduras na casca e alguns pomares já estão com doenças e sofrendo o ataque de pragas.

Tudo isso significa perdas de frutos, queda na produtividade e, para o consumidor, frutas não tão bonitas e preços mais altos na feira e no supermercado.

Houve também prejuízos gigantes na produção de olivas e de azeite. A produção passou de 580 mil litros no ano passado para 193 mil litros em 2024, uma quebra de 67%.

Choveu demais durante toda a safra, chegando a 1.500 milímetros em algumas regiões, com estragos no solo e nas plantas, que em alguns casos podem levar anos para se recuperarem. Os maiores pomares estão nos municípios de Encruzilhada do Sul e Pinheiro Machado, no sul do estado.

Resumindo, a situação da fruticultura atualmente é de incertezas por todos os lados. Certezas mesmo, só na próxima safra. Contudo, continuo destacando aqui a importância de comprar os produtos feitos no estado gaúcho.

A cadeia produtora precisa muito se reerguer.

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