Moraes retira GSI de escoltas de Bolsonaro e determina que PF e Polícia Penal sejam únicas responsáveis
Decisão foi tomada após atraso no retorno do ex-presidente à prisão domiciliar em saída hospitalar no domingo (14)

Jessica Cardoso
Paola Cuenca
O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), determinou nesta quarta-feira (17) que a Polícia Federal e a Polícia Penal passem a ser as únicas responsáveis por todos os transportes e escoltas do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL).
A medida exclui a participação do Gabinete de Segurança Institucional (GSI) nessas operações. O órgão, no entanto, continuará responsável pela segurança dos familiares do ex-presidente.
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A decisão foi tomada depois que Bolsonaro atrasou seu retorno à prisão domiciliar no domingo (14), após realizar procedimentos na pele no hospital DF Star, em Brasília. Na ocasião, o ex-mandatário permaneceu em pé por cerca de seis minutos enquanto o médico-cirurgião Cláudio Birolini falava sobre seu caso a jornalistas.
Na segunda-feira (15), Moraes deu o prazo de 24 horas para que a Polícia Penal do Distrito Federal apresentasse informações detalhadas sobre essa escolta.
Em relatório enviado ao STF, a Polícia Penal afirmou que “em decorrência do grande número de apoiadores, bem como o risco iminente de eventual desordem, os policiais optaram em não dar comando verbal ou usar a força necessária para que o monitorado embarcasse imediatamente”.
Moraes considerou então que as escoltas de Bolsonaro exigem “maior padronização” para garantir a segurança do ex-presidente e da ordem pública.
Segundo o ministro, a decisão também visa evitar “problemas ocorridos” no último domingo (14) onde “o desembarque e embarque foram realizados em local errado, ao ar livre e mediante diversas pessoas” e Bolsonaro “permaneceu por longo tempo assistindo uma improvisada entrevista coletiva de seu médico”.