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Política

Lula quer intensificar viagens internacionais para mostrar força em meio à guerra comercial

Ida ao Japão e ao Vietnã busca firmar novas parcerias e evitar a ideia de que o Brasil depende exclusivamente da China

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Lula durante Encontro com o primeiro-ministro do Vietnã, Pham Minh Chinh, em maio de 2023 (Ricardo Stuckert/PR)
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O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) retoma neste mês suas longas viagens internacionais após uma pausa motivada pelo acidente doméstico que o chefe do Executivo sofreu em outubro de 2024. O retorno de Lula será marcado pela viagem ao Japão e ao Vietnã, de 24 a 29 de março, em um roteiro voltado para estratégias comerciais. Após o tombo, ele havia ido apenas ao Uruguai no início de março.

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Segundo apurou o SBT News com fontes do governo, o presidente planeja uma série de viagens a roteiros alternativos ainda neste ano. Malásia, Indonésia e Rússia, país que se estende em parte da Europa oriental e parte do norte da Ásia, estão na lista.

O objetivo é buscar atores internacionais diversificados em um momento em que o mundo se depara com uma guerra comercial protagonizada pelo presidente dos Estados Unidos, Donald Trump.

Apesar da busca por diversidade, Lula também cogita visitar a China para reforçar os laços com a potência e principal parceiro comercial do Brasil.

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O Japão, por exemplo, que será visitado por Lula e conta com mais de 120 milhões de habitantes, sediará um grande fórum empresarial com integrantes do governo brasileiro. O Vietnã, outro destino,movimenta um comércio de R$ 8 bilhões com o Brasil, maior que o de muitos países europeus.

Foco na Cúpula do BRICS e na COP

Além da estratégia de reforçar a diversidade de parcerias comerciais, as viagens de Lula neste ano terão a missão de capitalizar os 2 grandes eventos que serão sediados pelo Brasil em 2025: a reunião de cúpula do BRICS, no Rio de Janeiro, em julho e a Cúpula do Clima, em Belém, em novembro.

Nesse contexto, o presidente brasileiro busca encaixar em sua agenda a participação em outras cúpulas internacionais, como a Conferência das Nações Unidas sobre os Oceanos em Nice na França, em junho,e a Cúpula da OTCA (Organização do Tratado de Cooperação Amazônica) na Colômbia, em agosto.

Tanto as viagens internacionais de Lula quanto as reuniões das quais o presidente participará terão ainda a missão de reforçar a importância da entrega das chamadas contribuições nacionalmente determinadas (NDCs, na sigla em inglês). Poucos países que participarão da COP no Brasil entregaram seus documentos com metas para frear o aquecimento global.

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