Menino com síndrome de Down sai sozinho de escola no DF e é encontrado em supermercado
Família cobra explicações e mães denunciam falta de segurança na unidade de ensino

Ana Lídia Araújo
Um menino de dez anos, que tem síndrome de Down, saiu sozinho da Escola Classe 100, em Santa Maria, no Distrito Federal, sem que ninguém percebesse durante o horário de aula. Ele foi encontrado por uma mulher dentro de um supermercado, a quase um quilômetro do colégio, no fim da tarde desta segunda-feira (11). A mulher, que viu a criança sozinha, estranhou a situação e chamou a Polícia Militar.
A mãe do garoto, Elany Cristina, técnica de enfermagem, conta que só soube do desaparecimento do filho quando chegou à escola para buscá-lo. “Eu levei um choque. Fiquei desesperada. Sensação de perda. Eu pensei que eu tinha perdido o meu filho naquele momento”, contou.
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A escola ainda não sabe informar a que horas Thiago saiu e nem por qual portão ele deixou o colégio. Uma das colegas de classe do menino contou que ele chegou a se despedir dos amigos antes de sair da escola.
A Polícia Militar levou a criança de volta à unidade de ensino, por volta das 18h40. O caso mobilizou outras mães, que agora cobram mais segurança na escola. Segundo elas, a segurança da escola é feita pelos próprios funcionários da limpeza e não há um controle adequado da entrada e saída dos estudantes. Elas pedem uma reunião com a direção para tratar do assunto.
Durante a manhã desta quinta-feira (13), a equipe de reportagem flagrou a guarita da escola vazia, sem nenhum porteiro ou vigilante. Imagens aéreas registraram crianças brincando perto do portão durante o intervalo.

O que diz Secretaria de Educação
“A Secretaria de Educação do DF esclarece que tomou conhecimento do caso na Escola Classe 100 de Santa Maria envolvendo um estudante que se ausentou da escola, sem autorização, na tarde desta quarta-feira (12).
A pasta ressalta que qualquer conduta irregular praticada por servidores é rigorosamente apurada pela Corregedoria.
A Coordenação Regional de Ensino de Santa Maria acompanha o caso e mantém contato com os pais do estudante para prestar todo suporte necessário.
A SEEDF reafirma seu compromisso em proporcionar um ambiente seguro e acolhedor, garantindo que todas as providências serão tomadas.”