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Suprema Corte da Bolívia ordena libertação da ex-presidente Jeanine Áñez

Áñez foi presa em março de 2021 e passou 20 meses em prisão preventiva antes de ser condenada em 2022

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Ex-presidente da Bolívia Jeanine Áñez retorna à prisão em La Paz após comparecer ao seu julgamento, em 17 de outubro de 2024 | Reuters/Claudia Morales/Foto de arquivo
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A Suprema Corte da Bolívia ordenou a libertação imediata da ex-presidente Jeanine Áñez nesta quarta-feira (5), encerrando vários anos de detenção vinculada a processos judiciais decorrentes de sua administração interina em 2019, disse o juiz Romer Saucedo.

"A anulação da sentença foi ordenada. Ela recebeu uma sentença final de 10 anos e, consequentemente, sua libertação é ordenada hoje", disse o juiz da Suprema Corte Saucedo aos repórteres.

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Áñez foi presa em março de 2021 e passou 20 meses em prisão preventiva antes de ser condenada em 2022 por violar as normas constitucionais que salvaguardam a ordem democrática.

Seu governo supervisionou a repressão mortal a protestos, durante os quais 22 civis foram mortos. Áñez negou todas as acusações contra ela.

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A decisão ocorre semanas após o segundo turno das eleições bolivianas de outubro, que resultou em uma derrota histórica para o partido governista Movimento ao Socialismo (MAS), que havia acusado Áñez de orquestrar um golpe que a levou ao poder durante uma crise política de 2019.

A Suprema Corte anulou os processos criminais comuns contra Áñez e redirecionou seu caso para um "julgamento de responsabilidades", um processo especial reservado para ex-chefes de Estado. O Judiciário ordenou sua libertação para que ela possa se defender no âmbito desse processo.

(Reportagem de Daniel Ramos, em La Paz)

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