Suprema Corte da Bolívia ordena libertação da ex-presidente Jeanine Áñez
Áñez foi presa em março de 2021 e passou 20 meses em prisão preventiva antes de ser condenada em 2022
Reuters
A Suprema Corte da Bolívia ordenou a libertação imediata da ex-presidente Jeanine Áñez nesta quarta-feira (5), encerrando vários anos de detenção vinculada a processos judiciais decorrentes de sua administração interina em 2019, disse o juiz Romer Saucedo.
"A anulação da sentença foi ordenada. Ela recebeu uma sentença final de 10 anos e, consequentemente, sua libertação é ordenada hoje", disse o juiz da Suprema Corte Saucedo aos repórteres.
+ Defesa de Bolsonaro só vai pedir prisão domiciliar depois de julgamento dos embargos
Áñez foi presa em março de 2021 e passou 20 meses em prisão preventiva antes de ser condenada em 2022 por violar as normas constitucionais que salvaguardam a ordem democrática.
Seu governo supervisionou a repressão mortal a protestos, durante os quais 22 civis foram mortos. Áñez negou todas as acusações contra ela.
+ Deputado Lucas Bove vira réu por violência doméstica contra a ex-mulher Cíntia Chagas
A decisão ocorre semanas após o segundo turno das eleições bolivianas de outubro, que resultou em uma derrota histórica para o partido governista Movimento ao Socialismo (MAS), que havia acusado Áñez de orquestrar um golpe que a levou ao poder durante uma crise política de 2019.
A Suprema Corte anulou os processos criminais comuns contra Áñez e redirecionou seu caso para um "julgamento de responsabilidades", um processo especial reservado para ex-chefes de Estado. O Judiciário ordenou sua libertação para que ela possa se defender no âmbito desse processo.
(Reportagem de Daniel Ramos, em La Paz)








