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Premiê italiana diz que assinar acordo comercial UE-Mercosul é "prematuro"

Fala de Giorgia Meloni abala finalização do acordo, previsto para ser concretizado no final desta semana

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Giorgia Meloni | Reprodução/Redes sociais

A primeira-ministra da Itália, Giorgia Meloni, declarou nesta quarta-feira (17) não estar pronta para apoiar um acordo comercial entre o Mercosul e a União Europeia. A fala da italiana abala as esperanças de finalização do acordo, previsto para acontecer nos próximos dias.

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"Isso não significa que a Itália pretende bloquear ou se opor ao acordo como um todo... Estou muito confiante de que, no início do próximo ano, todas essas condições poderão ser atendidas", disse Meloni.

Segundo discurso da premiê a parlamentares italianos, é "prematuro" assinar o acordo antes que um pacote adicional de medidas, acordadas com a Comissão Europeia, para proteger os agricultores esteja finalizado, afirmando que o tratado precisa de garantias adequadas de reciprocidade para o setor agrícola.

"O governo italiano sempre foi claro ao dizer que o acordo deve ser benéfico para todos os setores e que, portanto, é necessário abordar, em particular, as preocupações de nossos agricultores", afirmou a primeira-ministra, dirigindo-se à câmara baixa do Parlamento italiano.

Nessa terça (16), parlamentares da União Europeia apoiaram controles mais rígidos sobre as importações de produtos agrícolas, mas o partido Irmãos da Itália, de Meloni, disse que as medidas "ainda não eram suficientes" para garantir que os agricultores pudessem competir em condições iguais.

A expectativa era de que Ursula von der Leyen, presidente da Comissão Europeia, viajasse para o Brasil no final desta semana para assinar o acordo, após 25 anos de negociações com o bloco sul-americano. Alemanha, Espanha e os países nórdicos afirmam que o acordo ajudará as exportações atingidas pelas tarifas comerciais impostas pelos Estados Unidos e reduzirá a dependência em relação à China.

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