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Prefeito de Londres faz críticas a Trump: 'Atiça as chamas da extrema direita em todo o mundo'

Presidente dos Estados Unidos chegou ao Reino Unido nesta semana para encontros com a família real e a assinatura de acordos bilaterais

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O prefeito de Londres, Sadiq Khan, em Accra, capital de Gana | Foto: Reprodução/Twitter/@SadiqKhan - 16.07.2025
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O prefeito de Londres, Sadiq Khan, fez uma série de críticas a Donald Trump, que chegou ao Reino Unido na noite de terça-feira (16). Em artigo publicado no jornal britânico The Guardian, ele acusou o presidente dos Estados Unidos de "atiçar as chamas da extrema direita em todo o mundo" e afirmou que suas ações na Casa Branca vinham "diretamente do manual do autocrata".

"O presidente Donald Trump e sua comitiva talvez tenham feito o máximo para atiçar as chamas da política divisionista de extrema direita em todo o mundo nos últimos anos. Quando ele veio ao Reino Unido em sua primeira visita de Estado, destaquei como o presidente havia usado deliberadamente a xenofobia, o racismo e a 'alteridade' como tática eleitoral", disse.

"Seis anos depois, as táticas que vemos na Casa Branca hoje não parecem diferentes. Usar minorias como bodes expiatórios, deportar cidadãos americanos ilegalmente, enviar militares para as ruas de diversas cidades. Essas ações não são apenas inconsistentes com os valores ocidentais – elas vêm diretamente do manual do autocrata", acrescentou.

+Trump se encontra com a família real britânica e anuncia acordo tecnológico com empresas dos EUA

Nesta quarta-feira (17), o governo se distanciou dos comentários de Khan. Em entrevista à rede de notícias LBC News, a Secretária de Tecnologia, Liz Kendall, afirmou que o Reino Unido precisa que "trabalhar com quem quer que seja o presidente dos Estados Unidos, porque é disso que este país precisa".

Ainda no artigo, Khan disse que, embora entendesse as razões pragmáticas para manter bons laços com os EUA, o Reino Unido não deveria ter medo de criticar Trump, uma vez que a chamada "relação especial" entre os dois países, grandes aliados, permite "abertura" e "honestidade". Ele acredita que a nação deve pressioná-lo sobre questões como o ataque de Israel à Faixa de Gaza, a guerra na Ucrânia e a emergência climática.

"É importante garantir que nosso relacionamento especial inclua abertura e honestidade mútua. Às vezes, isso significa ser um amigo crítico e dizer a verdade aos poderosos – e deixar claro que rejeitamos a política do medo e da divisão", escreveu.

A visita oficial de Trump ao Reino Unido será marcada por encontros com a família real e a assinatura de acordos bilaterais. O presidente e o primeiro-ministro, Keir Starmer, deverão assinar acordos na ordem de US$ 13,6 bilhões (R$ 72 bilhões), incluindo um para acelerar novos projetos nucleares.

Em Londres, a visita oficial de Trump levou cerca de 5 mil pessoas às ruas, em protesto organizado pela Stop Trump Coalition, com apoio da Anistia Internacional, movimentos de mulheres e ativistas pró-Palestina. Manifestantes marcharam até a Praça do Parlamento com cartazes que chamavam Trump de "um retrocesso na evolução do homem" e "não desejado aqui, nem em lugar nenhum".

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