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Polícia Federal resgata aves e macacos durante operação contra tráfico de animais no Rio

Agentes cumpriram mandados de busca e apreensão em Duque de Caxias, na Baixada Fluminense. Duas pessoas foram presas

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A Polícia Federal (PF) resgatou, nesta quarta-feira (17), 49 aves em situação de maus-tratos, durante operação contra o comércio ilegal de animais no Rio de Janeiro. A investigação revelou a existência de um esquema internacional, responsável até pelo envio ilegal de micos-leões-dourados, espécie ameaçada de extinção, para o exterior.

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Pelo segundo dia seguido, a PF e a Polícia Civil combateram o comércio ilegal da fauna brasileira. Nesta terça-feira (16), uma megaoperação da Polícia Civil em três estados Rio, São Paulo e Minas Gerais havia resgatado 800 animais e prendido 47 pessoas.

O grupo criminoso, que atuava com caçadores, intermediários, falsificadores e até com uma célula armada, teria faturado cerca de R$ 5 milhões. Os bichos eram transportados em condições cruéis, e a maioria não sobrevivia.

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Crime comum no Brasil

Segundo o Ibama, cerca de 38 milhões de animais são retirados ilegalmente da natureza no Brasil a cada ano. O esquema é considerado o terceiro maior crime de contrabando do mundo, atrás apenas do tráfico de drogas e de armas.

Para alguns dos animais, no entanto, ainda há esperança. Em centros de triagem, as espécies passam por avaliação e tratamento, e, quando possível, são preparadas para voltar à natureza.

Nos viveiros, é possível encontrar animais ameaçados, como a arara-azul, além de macacos-prego e outros mamíferos. Alguns, por já estarem domesticados, não conseguem mais se adaptar à vida selvagem e acabam encaminhados para criadouros, zoológicos ou santuários.

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Além dos impactos ambientais, os efeitos econômicos também são significativos, como destacou Rogério Rocco, superintendente do Ibama:

“Com essas perdas, há diminuição da produção de água, aumento da temperatura e emissão de gases de efeito estufa. Quando afetamos negativamente a natureza e comprometemos seu processo reprodutivo, ameaçamos não apenas essas espécies, mas a própria vida humana no planeta.”

O Programa Linha Verde, do Disque Denúncia, já recebeu 1.671 queixas apenas em 2025, o que tem ajudado órgãos ambientais a agir rapidamente. Para Renato Almeida, diretor-geral do Disque Denúncia no Rio, a participação popular é essencial:

“É importante que a população continue denunciando qualquer crime ambiental, de maneira anônima, ao programa Linha Verde.”

Enquanto isso, aves, jabutis e outros animais resgatados começam a ser devolvidos ao seu habitat. Para os agentes que atuam contra o tráfico de fauna, essa é a maior recompensa.

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