Publicidade
Mundo

Lula e Zelensky se reúnem em Nova York e defendem busca por solução pacífica para a guerra

Encontro ocorreu durante Assembleia da ONU; Lula disse que não há saída militar para o conflito, enquanto ucraniano alertou sobre expansão russa

Imagem da noticia Lula e Zelensky se reúnem em Nova York e defendem busca por solução pacífica para a guerra
Encontro de Lula e Zelensky - Reprodução
Publicidade

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva se reuniu nesta quarta-feira (24), em Nova York, com o presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelensky, a pedido do líder ucraniano. O encontro ocorreu durante Assembleia Geral da ONU.

+ Zelensky alerta na ONU que Putin quer expandir a guerra e diz que “ninguém está seguro”

Lula lamentou o sofrimento humano causado pelos mais de três anos de combates e reforçou sua convicção de que não haverá solução militar para o conflito.

O presidente brasileiro declarou apoio ao processo de diálogo iniciado em Istambul, em maio, e às conversas realizadas no Alasca e em Washington. Defendeu ainda maior envolvimento da ONU e afirmou que um entendimento sobre um cessar-fogo deveria ser o primeiro passo de uma negociação.

Durante seu discurso na Assembleia Geral, Zelensky acusou o presidente russo, Vladimir Putin, de tentar expandir a guerra além da Ucrânia. “Drones russos já estão sobrevoando a Europa. As operações russas estão se espalhando por outros países", disse.

+ Macron elogia discurso de Lula na abertura da Assembleia da ONU: “Você é um guerreiro”

"Ninguém pode se sentir seguro neste momento”, ressaltou o ucraniano, que também apontou a guerra como responsável por desencadear a corrida armamentista mais destrutiva da história.

Zelensky compartilhou impressões sobre os últimos desdobramentos no campo de batalha e agradeceu os esforços de Lula em favor da paz, destacando a criação do Grupo de Amigos da Paz, formado por Brasil e China. Lula reafirmou sua disposição em contribuir para a solução pacífica do conflito.

Discurso de Lula

No discurso de abertura da Assembleia, Lula adotou tom firme contra interferências externas e afirmou que o Brasil não vai aceitar medidas contra sua democracia, em referência às sanções impostas por Donald Trump após a condenação do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) por tentativa de golpe de Estado.

“Nossa democracia e nossa soberania são inegociáveis. Seguiremos como nação independente e como povo livre de qualquer tipo de tutela”, declarou.

+ CCJ do Senado rejeita PEC da Blindagem em votação de parecer contrário

Ele também classificou como “inaceitáveis” os ataques ao Judiciário e criticou os “falsos patriotas” que tentam fragilizar as instituições.

Além disso, Lula abordou temas centrais da agenda internacional, como a proteção da infância, regulação das redes sociais, combate à fome, crise climática, conflitos internacionais e multilateralismo.

O presidente criticou sanções unilaterais, o avanço do autoritarismo e a desordem global, além de cobrar ações concretas da comunidade internacional para enfrentar desigualdades e promover soluções pacíficas de conflitos.

Publicidade

Assuntos relacionados

Governo
Governo Lula
Lula
Ucrânia
Publicidade

Últimas Notícias

Publicidade