Lula diz estar otimista após encontro com Trump: "O que parecia impossível aconteceu"
Declaração foi dada em coletiva em Nova York, antes do retorno de Lula ao Brasil, após sua participação na Assembleia Geral da ONU
SBT News
Vicklin Moraes
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) afirmou nesta quarta-feira (24) estar otimista quanto à relação com Trump e disse que a reunião transformou o que parecia impossível em realidade. A declaração foi dada durante coletiva de imprensa em Nova York, antes de seu retorno ao Brasil. Além de Lula, participaram da coletiva a ministra do Meio Ambiente, Marina Silva, e o embaixador do Brasil na ONU, Sérgio Danese.
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Lula afirmou ter sido surpreendido ao se encontrar com Trump e disse que houve boa química entre ele e o republicano. O petista também informou que o primeiro contato oficial entre os dois líderes deve ocorrer de forma virtual.
"Fiquei feliz quando ele falou, na COP, que surgiu uma química boa entre nós. Como acredito que a relação humana é 80% química e 20% emoção, considero essa conexão muito importante. Torço para que dê certo, porque Brasil e Estados Unidos são as duas maiores democracias do continente", disse Lula
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O presidente atribuiu os recentes problemas diplomáticos entre Brasil e Estados Unidos a uma “desinformação” de Trump sobre o país. Ao ser questionado por jornalistas sobre a data e os temas da reunião, preferiu não detalhar para evitar entraves nas negociações.
A Assembleia Geral da Organização das Nações Unidas segue esta semana e será concluída na segunda-feira. O evento foi aberto ontem, por Lula. Em seu discurso, ele disse que "atentados à soberania, sanções arbitrárias e intervenções unilaterais estão se tornando regra". Sem fazer referência direta ao presidente norte-americano Donald Trump, ele reforçou que o multilateralismo está diante de nova encruzilhada.
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Ao falar sobre a condenação contra o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), Lula afirmou que ele teve amplo direito de defesa e ao contraditório. Em seu discurso, o presidente deixou claro que a ingerência de nações estrangeiras no assunto é “inaceitável", principalmente com ajuda de "falsos patriotas".
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"Falsos patriotas arquitetam e promovem publicamente ações contra o Brasil. Não há pacificação com impunidade. Há poucos dias, e pela primeira vez em 525 anos de nossa história, um ex-chefe de Estado foi condenado por atentar contra o Estado democrático de Direito. Foi investigado, indiciado e julgado e responsabilizado pelos seus atos em um processo minucioso. Teve amplo direito de defesa, prerrogativa que as ditaduras negam às suas vítimas", afirmou.
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