PMs acusados de matar Vinicius Gritzbach vão a júri popular em São Paulo
Denis Antonio Martins e Ruan Silva Rodrigues teriam sido os executores do crime; Fernando Genauro da Silva teria atuado como motorista na fuga após o ataque

Agência SBT
Os policiais militares Denis Antonio Martins, Ruan Silva Rodrigues e Fernando Genauro da Silva, acusados de envolvimento na morte do delator do PCC Vinicius Gritzbach, irão a júri popular. A decisão foi confirmada pelo Tribunal de Justiça de São Paulo (TJSP).
Em nota, o TJSP informou que a defesa dos réus ainda pode recorrer. Caso a decisão seja mantida, a data do julgamento será definida apenas após a conclusão da fase de recursos.
De acordo com a investigação da Polícia Civil, os policiais Denis Antonio Martins e Ruan Silva Rodrigues teriam sido os executores do crime. Já Fernando Genauro da Silva teria atuado como motorista na fuga após o ataque a tiros.
Relembre o caso
Após ser condenado por lavagem de dinheiro, principalmente por meio de negócios imobiliários de luxo na zona leste de São Paulo, Antônio Vinícius Gritzbach começou a colaborar com o Ministério Público como delator. Ele denunciou diversos criminosos, muitos deles seus próprios clientes e contatos estratégicos da organização criminosa.
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Gritzbach é acusado de ter ordenado o assassinato de Anselmo Santa Fausta, conhecido como Cara Preta, e de seu motorista, Antônio Corona Neto, o Sem Sangue, ambos apontados como integrantes do Primeiro Comando da Capital (PCC) e aliados de líderes da facção atualmente foragidos. A principal linha de investigação aponta que sua morte, em 8 de novembro de 2024, no Aeroporto de Guarulhos, foi motivada por vingança, em retaliação à morte desses criminosos.
As apurações também indicam que Gritzbach utilizava atividades ilícitas, como prostituição, jogos de pôquer e desmanche de veículos, para financiar policiais civis envolvidos em corrupção.