Israel nega que cometa genocídio contra palestinos
Representantes do país participaram de sessão na Corte Internacional de Haia
SBTNews
Israel negou veementemente que esteja cometendo genocídio contra os palestinos em sessão na Corte Internacional de Justiça de Haia, na Holanda, nesta sexta-feira (12). O Estado israelense se defende da acusação protocolada no tribunal pela África do Sul. Já os advogados sul-africanos, pediram a suspensão imediata das operações militares na Faixa de Gaza, região que abriga 2,3 milhões de palestinos.
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De acordo com a advogada Tembeka Ngcukaitobi ““A escala da destruição em Gaza , os ataques a casas de famílias e civis, o fato de a guerra ser uma guerra contra as crianças, tudo deixa claro que a intenção genocida é ao mesmo tempo compreendida e posta em prática. A intenção articulada é a destruição da vida palestina.”
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Já o consultor jurídico israelita Tal Becker afirmou que “Vivemos numa época em que as palavras são baratas, numa era de redes sociais e políticas de identidade. A tentação de usar o termo mais ultrajante para difamar e demonizar tornou-se, para muitos, irresistível.”
De acordo com o Ministério da Saúde de Gaza, controlado pelo Hamas, mais de 23 mil pessoas morreram desde o começo da guerra, em outubro de 2023. Além disso, quase 85% da população do território palestino foi expulsa de casa e um quarto passa fome.
Uma decisão sobre a questão pode levar anos. Embora as decisões da Corte Internacional de Justiça tenham caráter vinculativo, não é claro se Israel aceitaria alguma decisão, como o cessar fogo. Neste caso, países poderiam apresentar algum tipo de sanção na ONU, mas ela pode ser bloqueada pelos Estados Unidos, aliado histórico de Israel.