China critica EUA por "apreensão arbitrária" de navios petroleiros perto da Venezuela
Exército dos EUA interceptou dois navios petroleiros na região durante o fim de semana, alegando se tratar de embarcações com ligações com o Irã



SBT News
com informações da Reuters
O Ministério das Relações Exteriores da China afirmou nesta segunda-feira (22) que a apreensão arbitrária, pelos Estados Unidos, de navios de outros países constitui uma grave violação do direito internacional. Segundo o governo chinês, o país se opõe a todas as sanções unilaterais e ilegais.
A declaração foi feita pelo porta-voz do Ministério das Relações Exteriores da China, Lin Jian, durante uma coletiva diária. Ele afirmou ainda que a Venezuela tem o direito de desenvolver relações com outros países.
"A Venezuela tem o direito de se desenvolver de forma independente e de estabelecer uma cooperação mutuamente benéfica com outras nações. A China compreende e apoia a posição da Venezuela na defesa de seus direitos e interesses legítimos.", afirmou Lin Jian.
No domingo (21), autoridades informaram que os Estados Unidos interceptaram um petroleiro em águas internacionais ao largo da costa da Venezuela. Se confirmada, esta seria a segunda operação do tipo neste fim de semana e a terceira em menos de duas semanas.
O grupo britânico de gestão de riscos marítimos Vanguard, juntamente com uma fonte de segurança marítima dos Estados Unidos, identificou a embarcação como o Bella 1. O navio é de grande porte para transporte de petróleo bruto e foi incluído no ano passado na lista de sanções do Departamento do Tesouro norte-americano, sob a alegação de que teria ligações com o Irã.
Segundo o site TankerTrackers.com, o Bella 1 estava vazio quando se aproximava da Venezuela no domingo (21). De acordo com documentos internos da estatal venezuelana PDVSA, a embarcação transportou petróleo da Venezuela para a China em 2021. O navio também já havia transportado petróleo iraniano, conforme informações do serviço de monitoramento de embarcações.








