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Assalto ao Louvre durou menos de 4 minutos, diz ministra da Cultura

Ladrões usaram um guindaste, instalado em um caminhão, para alcançar uma das alas do museu; veja itens roubados

Imagem da noticia Assalto ao Louvre durou menos de 4 minutos, diz ministra da Cultura
Ladrões acessaram o museu pela Galerie d'Apollon | Reprodução/redes sociais
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A ministra da Cultura da França, Rachida Dati, informou que o roubo ao Museu do Louvre, ocorrido na manhã de domingo (19), durou menos de quatro minutos. O tempo é menor do que o antecipado pelo ministro do Interior, Laurent Nuñez, logo após o crime, que tinha sido estipulado em sete minutos.

"Chegamos imediatamente, alguns minutos após recebermos a informação do roubo. A operação durou quase quatro minutos. Foi muito rápido. Temos que admitir que são profissionais”, disse Dati, em entrevista à rede de televisão francesa TF1. "As joias que foram roubadas são inestimáveis”, acrescentou a ministra.

Segundo a polícia, o crime ocorreu por volta das 9h30 da manhã (horário local), 30 minutos após o Louvre ser aberto ao público. Os assaltantes usaram um guindaste, instalado em um caminhão, e alcançaram uma janela da Galerie d'Apollon, onde ficam expostas joias da coroa e peças da coleção de Napoleão Bonaparte.

No local, o grupo roubou nove peças, incluindo a coroa da Imperatriz Eugênia, esposa de Napoleão III, que foi encontrada do lado de fora do museu. A peça de ouro ornamentada, com 1.354 diamantes e 56 esmeraldas, foi danificada no roubo. Aparentemente, os criminosos a deixaram cair durante a fuga, feita com motos.

"Eles agiram profissionalmente, sem violência e sem pânico. As investigações estão em andamento. Estamos avaliando esses danos e a natureza do saque e do que foi roubado", disse Dati.

Veja os itens roubados:

  • Tiara do conjunto de joias da Rainha Maria Amélia e da Rainha Hortense
Tiara do conjunto de joias da Rainha Maria Amélia e da Rainha Hortense | Divulgação
Tiara do conjunto de joias da Rainha Maria Amélia e da Rainha Hortense | Divulgação
  • Colar do conjunto de joias de safira da Rainha Maria Amélia e da Rainha Hortense
Colar do conjunto de joias de safira da Rainha Maria Amélia e da Rainha Hortense | Divulgação
Colar do conjunto de joias de safira da Rainha Maria Amélia e da Rainha Hortense | Divulgação
  • Brinco que faz parte de um par do conjunto de joias de safira da Rainha Maria Amélia e da Rainha Hortense
Brinco que faz parte de um par do conjunto de joias de safira da Rainha Maria Amélia e da Rainha Hortense | Divulgação
Brinco que faz parte de um par do conjunto de joias de safira da Rainha Maria Amélia e da Rainha Hortense | Divulgação
  • Colar de esmeraldas do conjunto Marie-Louise
  • Par de brincos de esmeralda do conjunto Marie-Louise
Conjunto Marie-Louise | Divulgação
Conjunto Marie-Louise | Divulgação
  • Grande nó corpete (broche) da Imperatriz Eugénia
Broche corpete que pertenceu Eugênia | Divulgação
Broche corpete que pertenceu Eugênia | Divulgação
  • Tiara da Imperatriz Eugénie
Tiara da Imperatriz Eugénie | Divulgação
Tiara da Imperatriz Eugénie | Divulgação
  • Broche conhecido como "broche relicário"
Broche conhecido como "broche relicário" | Divulgação
Broche conhecido como "broche relicário" | Divulgação

Vulnerabilidade dos museus

Segundo Dati, a vulnerabilidade dos museus é uma "questão antiga" que precisa ser solucionada. "Há 40 anos, não nos interessamos pela segurança desses grandes museus. Há dois anos, o presidente do Museu do Louvre contatou o chefe de polícia para uma auditoria de segurança. Precisamos adaptar esses museus às novas formas de crime. Virou crime organizado”, disse ela.

O Louvre tem uma longa história de furtos e tentativas de roubo. Um dos mais conhecidos ocorreu em 1911, quando o quadro da Mona Lisa foi roubado com a ajuda de um ex-funcionário do museu. A pintura foi recuperada dois anos depois, em Florença, na Itália, e devolvida ao museu.

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Em comunicado, o presidente Emmanuel Macron classificou o roubo como “um ataque a um patrimônio da história francesa” e disse que o governo trabalha para encontrar os criminosos. “Recuperaremos as obras e os perpetradores serão levados à justiça. O projeto Louvre New Renaissance, que lançamos em janeiro, prevê segurança reforçada. Será o garante da preservação e proteção do que constitui nossa memória e nossa cultura”, disse.

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