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STF discute indenização para famílias de vítimas de bala perdida em operações policiais

Se aprovado, Estado deverá indenizar independentemente da identificação do autor do disparo

STF discute indenização para famílias de vítimas de bala perdida em operações policiais
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O Supremo Tribunal Federal (STF) está em fase final de julgamento para definir a responsabilidade civil do Estado em casos de vítimas de disparos de arma de fogo durante operações policiais ou militares, mesmo quando a perícia não identifica a origem do projétil.

O julgamento, iniciado em setembro de 2023 e retomado nesta semana, tem como relator o Ministro Edson Fachin, que votou pela responsabilização objetiva do Estado, reconhecendo o dever de indenizar as vítimas e seus familiares, independentemente da identificação do autor do disparo.

A Ministra Rosa Weber acompanhou o voto do Relator, salientando a omissão estatal no dever de garantir a segurança pública e a necessidade de reparação dos danos causados às vítimas.

O Ministro André Mendonça, por sua vez, divergiu dos demais Ministros, defendendo a responsabilidade civil do Estado apenas quando há elementos que indiquem a possibilidade do policial ter efetuado os disparos.

A decisão final do STF, que deverá ser proferida até a próxima sexta-feira (10/03), terá repercussão significativa na esfera do direito administrativo e na proteção dos direitos das vítimas de violência estatal.

Atualização:

Até o momento, os Ministros Edson Fachin, Rosa Weber e Ricardo Lewandowski votaram pela responsabilização objetiva do Estado.

O Ministro André Mendonça divergiu, defendendo a responsabilidade civil do Estado apenas quando há elementos que indiquem a possibilidade do policial ter efetuado os disparos.

Faltam os votos dos Ministros Cármen Lúcia, Gilmar Mendes, Nunes Marques, Luís Roberto Barroso e Dias Toffoli.

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