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Economia

Alimentos puxam alta de 0,42% da inflação em janeiro

Transporte ocupa a segunda posição, seguido de habitação. Em 12 meses, IPCA subiu 4,51%

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Os dados do IBGE divulgados nesta quinta-feira (8) mostram que, puxada pela alta no preço dos alimentos, a inflação no mês de janeiro subiu para 0,42%. Com isso, o Índice Nacional de Preços ao Consumidor amplo, acumula alta de 4,51% em 12 meses.

No mês passado, o grupo alimentação e bebidas, que tem o maior peso na cesta de consumo das famílias subiu 1,38%. Isso significa um peso de 0,29 ponto percentual (p.p) no IPCA do mês. É a maior alta de alimentação e bebidas para o mês desde 2016, quando o grupo alcançou elevação de 2,28%.

Além disso, outra explicação dada pelo IBGE está relacionada aos fatores climáticos que foram os principais motivos que causaram o aumento no preço dos alimentos no início do ano de 2024.

Custos da alimentação

A cenoura (43,85%), batata-inglesa (29,45%), feijão-carioca (9,70%), arroz (6,39%) e frutas (5,07%) estão entre os alimentos que mais pesaram no bolso do brasileiro.

No caso do arroz, a Índia, maior produtor mundial, enfrentou questões climáticas que atingiram a produção e cortou as exportações no segundo semestre de 2023, o que também contextualiza esse alimento. O resultado é menos produto à venda e, maior o preço.

Transportes

Na segunda posição do que mais pesa na cesta mensal das famílias (20,93%), está o grupo dos transportes. Ele ajudou a frear a inflação em janeiro. Houve deflação, ou seja, recuo nos preços, de 0,65% em contrapartida ao preço das passagens aéreas, que foram o grande vilão dos últimos meses.

Depois de terem subido 82,03% no acumulado de setembro, outubro, novembro e dezembro do ano passado, os bilhetes vendidos pelas companhias aéreas caíram, em média, 15,22% em janeiro de 2024. Esse foi o item que teve o maior impacto negativo em todo o IPCA.

Ainda no grupo dos transportes, houve queda nos preços dos combustíveis (-0,39%), com os recuos do etanol (-1,55%), óleo diesel (-1,00%) e gasolina (-0,31%).

Já o gás veicular, com aumento de 5,86%, foi o único dos combustíveis pesquisados a ter alta no mês.

A habitação teve alta de 0,25% e ficou na terceira posição com maior peso no orçamento familiar (15,31%).

Considerado a inflação oficial do país, o IPCA é o índice utilizado pelo Banco Central para perseguir a meta oficial de inflação (3% no acumulado de 12 meses, com tolerância de 1,5 p.p para mais ou para menos).

O resultado do índice é o calculo do custo de vida de famílias que ganham entre um e 40 salários mínimos.

Com o resultado de janeiro, o acumulado de 12 meses diminuiu de 4,62% para 4,51%. É o quarto mês seguido com redução nesse acumulado. No mesmo mês do ano passado, o IPCA tinha sido de 0,53%.

INPC

O IBGE também divulgou o Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC). A principal diferença dele para o IPCA é que apura a inflação para famílias com renda de um a cinco salários mínimos.

O resultado do INPC em janeiro, 0,55%, acima do IPCA por conta do maior peso que o grupo alimentação e bebidas tem para as pessoas dessa faixa de renda. Logo, quanto menor a renda, maior o gasto proporcional com comida. O índice acumula alta de 3,82% em 12 meses.

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