Festival do Japão celebra cultura oriental com tradição, tecnologia e cosplay em São Paulo
Evento reúne gastronomia, arte, música e atrações pop para homenagear 130 anos de amizade entre Brasil e Japão
Ariany Rollim
Um dos eventos mais esperados do ano em São Paulo, o Festival do Japão transformou os pavilhões da São Paulo Expo em uma reprodução do Japão e de sua cultura. O festival reúne o melhor da tradição e da modernidade, com atrações que vão da culinária típica às inovações tecnológicas e o universo cosplay.
+ Primeiro-ministro japonês defende menor dependência dos EUA em meio a ameaça tarifária
Quarenta e sete províncias do Japão estão representadas com pratos típicos, apresentações culturais e oficinas interativas, como a cerimônia do chá e o ikebana — tradicional arte de arranjo floral japonês. Para os apaixonados por cultura pop, o Akiba Space é parada obrigatória, reunindo animes, games e fantasias elaboradas.
"É um hobby. A gente trabalha, mas também precisa de algo que gostamos de fazer nas horas vagas. Eu mesma costuro minhas roupas", conta Rúbia Augusto Lisboa, que participa como cosplayer.
O evento também tem espaço para os amantes do karaokê. Aos 79 anos, Valentino Matsuda encantou o público com uma apresentação animada. "Eu gosto de cantar com energia. Esse é meu espaço aqui", afirmou.
+ Trump anuncia tarifa de 35% sobre o Canadá e ameaça outros países com novas taxas
Considerado o maior festival de cultura japonesa fora do Japão, o evento chega à sua 26ª edição homenageando os 130 anos do Tratado de Amizade Brasil-Japão, firmado em 1895. O acordo, segundo os organizadores, simboliza mais que diplomacia — é um elo afetivo e cultural entre os dois países.
"Graças a esse tratado, tivemos a vinda de imigrantes desde 1908. Hoje, especialmente em São Paulo, temos uma das maiores comunidades nikkeis fora do Japão", explica Alfredo Ohmachi, presidente da feira.
Com expectativa de público em torno de 180 mil pessoas até o encerramento, no domingo (13), o festival celebra a união entre os dois povos com música, gastronomia e memória. "Sou neta e filha de japoneses. Meu marido é de Okinawa. Temos muito a aprender e também muito a compartilhar", diz a empresária Leda Shimabukuro.