Brasil

Secretário de Segurança do Rio confirma pedido aos EUA para classificar facção como terrorista

Ação para denominar a maior organização criminosa do Rio ganhou notoriedade após megaoperação que resultou em 121 mortes

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O secretário de Segurança Pública do Rio de Janeiro, Victor Santos, confirmou o pedido do governo fluminense aos Estados Unidos para que o Comando Vermelho (CV) seja classificado como uma organização terrorista. A afirmação foi feita durante entrevista à rádio CBN Rio.

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No entanto, o secretário admitiu que, pela legislação brasileira, o grupo não se enquadraria como terrorista. Ainda assim, a classificação nos EUA é considerada estratégica.

“O americano, ele controla todo o sistema SWIFT, as transações financeiras no mundo inteiro. Isso, para a gente, é interessante que a gente tenha uma agilidade, uma rapidez muito maior de bloquear eventual ativo que pertence a essa organização criminosa”, afirmou.

O debate sobre classificar facções brasileiras como terroristas ganhou força após a recente megaoperação policial no Rio de Janeiro.

A repercussão levou ao adiamento da votação do Projeto de Lei (PL) 1283/2025 pela Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) da Câmara dos Deputados, que visa justamente classificar facções criminosas como organizações terroristas no país.

A megaoperação que reacendeu o debate foi justificada pela necessidade de desarticular lideranças do Comando Vermelho na região, contando com a participação de cerca de 2.500 policiais civis e militares no cumprimento de mandados de prisão e busca.

Durante a ação, houve intensa troca de tiros, com ruas de comunidades bloqueadas por barricadas e objetos incendiados. Inicialmente, as autoridades confirmaram 64 mortes, incluindo quatro policiais, mas o número subiu para 121.

Além das vítimas fatais, a operação resultou na prisão de 113 suspeitos e na apreensão de 118 armas. A ação superou o massacre do Carandiru e se tornou a ação policial mais letal da história.

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