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Governo adia o Concurso Nacional Unificado por causa das chuvas no RS

Posição de ministério vem após pedido de nova data da prova pelo Rio Grande do Sul; com 96,5 mil candidatos, estado está em crise por chuvas

Governo adia o Concurso Nacional Unificado por causa das chuvas no RS
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O governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva adiou o Concurso Nacional Unificado (CNU), conhecido como Enem dos Concursos, em todo o país. A decisão foi tomada nesta sexta-feira (3), após integrantes do governo se reunirem na Sala de Situação que acompanha as tragédias causadas pelas chuvas no Rio Grande do Sul. A ministra da Gestão e Inovação em Serviços Públicos, Esther Dweck, anunciou a decisão em entrevista coletiva. Ainda não há definição de uma nova data para o exame.

A posição do ministério vem em meio aos pedidos do governo do Rio Grande do Sul para que a prova seja adiada. A demanda foi divulgada pela situação emergencial ligada às chuvas no estado, que interferem na participação de gaúchos. Ao todo, 96,5 mil candidatos se inscreveram para fazer o exame.

Na quinta-feira (2), o Ministério da Gestão havia anunciado que a data do certame seria mantida. Mais cedo, afirmou que o governo iria ressarcir os participantes que não conseguissem fazer a prova.

A decisão dividiu ministros por conta dos custos de adiamento da medida, em torno de R$ 50 milhões, e por questões de segurança jurídica. Na manhã desta sexta-feira (3), o ministro Paulo Pimenta já havia sinalizado que a posição de manter a data da prova poderia ser revista após reuniões no Palácio do Planalto ao longo do dia.

Um dos maiores pontos de divergência para o adiamento estava na ausência de um banco de questões, que concursos tradicionais, como o Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) possuem, o que impossibilitaria o adiamento da prova apenas no Rio Grande do Sul.

Um adiamento apenas no estado aumentaria o risco de judicialização, pois o grau de dificuldade das questões poderia variar, aumentando a possibilidade de uma prova ficar ‘mais fácil’ ou ‘mais difícil’ que a outra.

No fim, prevaleceu a questão humanitária e também política a favor do adiamento. O governo Lula estava sendo alvo de um bombardeio nas redes sociais, sendo taxado como "insensível" à tragédia no Rio Grande do Sul.

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