Otan sinaliza aumentar apoio militar à Ucrânia para forçar Rússia a negociar
Aliança militar acredita que Moscou só debaterá acordo de paz quando concluir que não poderá vencer guerra
Camila Stucaluc
O secretário-geral da Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan), Jens Stoltenberg, sinalizou, nesta 3ª feira (14.nov), que pretende aumentar o apoio militar à Ucrânia para forçar a Rússia a debater um acordo de paz. Segundo ele, mostrar que Moscou não tem chance de vencer a guerra é a única forma de levar o Kremlin à mesa de negociações.
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O diplomata reforçou, no entanto, que cabe à Ucrânia decidir as condições aceitáveis para negociar com a Rússia. Em declarações passadas, Kiev afirmou que só aceitaria um cessar-fogo caso as tropas russas fossem totalmente retiradas do território ucraniano. A devolução de regiões ocupadas, incluindo a Crimeia, também está entre as exigências.
Enquanto as negociações não acontecem, Stoltenberg disse que a Otan trabalha para entregar um pacote militar com 1 milhão de munições, artilharia e mísseis para o exército ucraniano até março de 2024. Outros pacotes menores devem ser enviados no meio tempo.
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"Não podemos permitir que o presidente [Vladimir] Putin vença. A Ucrânia tem de prevalecer como nação soberana e independente na Europa. É do nosso interesse apoiar a Ucrânia. Isso mostra que estamos a apoiar o Estado de Direito, o Direito internacional e que estamos a ajudar a Ucrânia a lutar contra uma guerra de agressão", disse Stoltenberg.