Cresceu o número de turistas vindos da Austrália, EUA e Canadá após dispensa de visto
Aumento foi na contramão da tendência de entrada de estrangeiros no Brasil. Governo decidiu adiar a exigência do documento
Cresceu pelo menos 10% o número de turistas australianos, norte-americanos e canadenses que vieram ao Brasil após a dispensa da exigência do visto para turismo nesses países, em março de 2019, pelo ex-presidente Jair Bolsonaro.
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Em 2018, 651.927 pessoas dos três países vieram ao país. Já em 2019, quando o visto deixou de ser ser mais exigido, foram 723.721 turistas. Os dados foram compilados pela Empresa Brasileira de Turismo (Embratur) a partir de informações do Ministério do Turismo e a Polícia Federal.
O aumento vai na contramão da queda de visitantes do mundo inteiro. Foram 6.621.376 pessoas em 2018, contra 6.353.141 no ano seguinte.
Considerando apenas turistas australianos, o crescimento de um ano para outro foi de aproximadamente 30%, seguido de Estados Unidos e Canadá com cerca de 10% de aumento cada um.
Na pandemia, a quantidade de turistas despencou no mundo todo devido às restrições de viagens.
Já em 2023, apenas os Estados Unidos registraram mais turistas para o Brasil em comparação com 2019. O número foi menor na Austrália e Canadá.
Os dados englobam as entradas via terrestre, aérea, marítima e fluvial.
Governo Federal decidiu suspender vistos
No último dia 4 de janeiro, o governo federal decidiu adiar mais uma vez o início da exigência de vistos para entrar no Brasil de turistas dos Estados Unidos, Canadá e Austrália. Inicialmente, a cobrança passaria a ser feita já em outubro do ano passado.
A articulação para o adiamento foi feita pelo vice-presidente, Geraldo Alckmin, que também é Ministro do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços, a pedido do presidente Luiz Inácio Lula da Silva.
A praxe da diplomacia brasileira é adotar reciprocidade: exigir visto de visitantes de países que também cobram o documento para receber os brasileiros.
A decisão atende a um pedido do setor de turismo, que afirma que a medida poderá limitar as viagens de estrangeiros ao país.