Um em cada dez usuários de internet é falso, aponta estudo
Uso da inteligência artificial aumentou o número de cliques falsos, ameaçando a segurança dos usuários e trazendo prejuízos aos anunciantes
Cido Coelho
A pesquisa mundial State of Fake Traffic Report, realizada pela empresa de tecnologia CHEQ, mostra o aumento do uso da inteligência artificial (IA) para criar cliques falsos em sites na internet. A cada dez usuários que acessam a internet, um deles é falso.
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Dos 34 bilhões de cliques em sites na internet analisados em 2022, foi observado que o uso de robôs (bots), fazendas de cliques, contas falsas e de ferramentas que automatizam os acessos correspondem a 18% do total de cliques de toda a internet.
- Este tráfego fraudulento tem origem no computador (71%) e no celular (29%). O dado representa um aumento de 58%.
- Além disso, houve um crescimento de 32% no uso de bots maliciosos e aumento de 20% no uso de sistemas de automação em comparação com o ano anterior.
- A indústria de jogos e apostas registrou alto índice de acessos falsos em 2022, alcançando 49,1% dos acessos.
- Os setores de tecnologia, educação e telecomunicações também foram afetados pelas fraudes digitais.
Entre os continentes, as regiões da Europa, Oriente Médio e África são as que registram mais acessos falsos e a América Latina registra menos. Confira abaixo:
- Europa, Oriente Médio e África (18,9%);
- Ásia e Pacífico (18,1%);
- América do Norte (17%);
- América Latina (8,7%).
Além disso, 4,1% das interações no tráfego pago são falsas, gerando perda de recursos. Logo, a cada R$ 1 mil gasto em publicidade digital, R$ 41 são perdidos com fraudes.
+ Acesse a íntegra da pesquisa (pdf, em inglês)
Fraudes comprometem a segurança do usuário na internet
As campanhas digitais são estratégias para expor anúncios de produtos, campanhas e ofertas para os usuários que acessam a internet.
Quando acessamos a internet, uma publicidade é apresentada como uma oportunidade, que pode se efetivar em um interesse de compra ou de negócio.
Os fraudadores virtuais criam visitantes falsos, usando programas de computador, robôs que acessam sites de forma automática, para imitar a visita de uma pessoa.
A fraude distorce informações sobre hábitos de consumo dos usuários da internet, prejudicando os negócios de publicidade e gerando desperdício de recursos nas campanhas digitais.
Ao mesmo tempo, os usuários na internet correm riscos de segurança ao interagir com programas maliciosos que podem roubar suas informações mais sensíveis e comprometer a experiência de uso nos sites na web.