Paciente com implante cerebral da Neuralink, de Elon Musk, sofre complicações
Segundo a empresa, alguns fios que conectam o chip ao cérebro de Noland Arbaugh se retraíram, dificultando a comunicação entre o órgão e o dispositivo
Noland Arbaugh, o primeiro paciente do implante cerebral N1, da Neuralink, empresa de neurociência de Elon Musk, sofreu complicações semanas após a operação.
A empresa relatou que alguns fios que conectam o chip ao cérebro de Arbaugh se retraíram, prejudicando a comunicação entre o cérebro e o implante.
A Neuralink informou em um balanço de 100 dias que para contornar o problema, atualizou o algoritmo para melhorar a gravação e tradução dos dados enviados pelos neurônios.
Como funciona o chip cerebral?
O chip cerebral N1 tem o objetivo de ser usado em várias aplicações, como a restauração das funções motoras, em pacientes com tetraplegia, e também como uma interface cérebro-computador para pessoas que têm severas dificuldades de movimento e comunicação.
O dispositivo da Neuralink é do tamanho de uma moeda e contém mil eletrodos programados, com fios ultrafinos, que são conectados ao cérebro.
Esse chip registra a atividade cerebral e faz a coleta e transmissão de dados para outros dispositivos, como um celular que tenha uma conexão Bluetooth.
No fim de janeiro deste ano, Noland Arbaugh, de 29 anos, foi escolhido para ser o primeiro humano a realizar os testes com o dispositivo.
Tetraplégico desde 2016, após receber o implante cerebral, Arbaugh conseguiu mover os cursores do computador usando as sinapses do seu cérebro.
Ou seja, conseguiu "mover um mouse com a força do pensamento", jogou xadrez, além de jogar o videogame Civilization IV por oito horas seguidas.
A Neuralink foi fundada em 2016 e tem o objetivo de construir canais de comunicação direta entre o cérebro e os computadores de forma eficiente, para otimizar as capacidades humanas e tratar doenças como Parkinson e transtornos cognitivos.
Instalada na Califórnia, a empresa pretende alcançar ao máximo a singularidade, ou seja, construir uma relação simbiótica entre humanos e inteligência artificial.