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Tecnologia

Neuralink quer implantar chip no cérebro de um novo paciente

Empresa de neurociência de Elon Musk tem meta de inserir a tecnologia em 10 pessoas neste ano. Cadastro de interessados passa dos mil tetraplégicos

Imagem da noticia Neuralink quer implantar chip no cérebro de um novo paciente
Neuralink promete reabilitar pacientes com problemas de locomoção e a recuperar pacientes com outras doenças como alzheimer | Divulgação/Neuralink
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A Administração de Alimentos e Medicamentos dos Estados Unidos (FDA, equivalente à Anvisa no Brasil) autorizou que a Neuralink, empresa de neurociência de Elon Musk, realizasse o implante de chip cerebral em uma segunda pessoa.

A aprovação aconteceu após a FDA concordar com as correções propostas pela empresa para um problema identificado no paciente Nolan Arbaugh, o primeiro a ser implantado pela Neuralink.

Segundo o jornal Wall Street Journal, entre as correções estão a inserção mais profunda de alguns fios ultrafinos do dispositivo no cérebro do paciente.

O que é o chip cerebral?

Neuralink ainda não divulgou como será feito os estudos e quando as cobaias humanas serão convocadas | Instagram/@neuralink__
Neuralink ainda não divulgou como será feito os estudos e quando as cobaias humanas serão convocadas | Instagram/@neuralink__

O implante N1 é do tamanho de uma moeda de US$ 0,25, contém uma parte eletrônica e uma bateria, com 64 fios mais finos que um fio de cabelo humano.

Os fios ultrafinos deste dispositivo são inseridos no córtex motor do cérebro, para que assim aconteça a transmissão dos sinais neurais.

Ou seja, a interação entre computador e homem, provocando uma troca de dados.

Primeiro implantado

Nolan Arbaugh teve o chip N1 implantado em janeiro deste ano. Ele tem enfrentado altos e baixos com a tecnologia cerebral.

Noland Arbaugh (à direita) é o primeiro implantado da Neuralink. Ele consegue jogar videogame com o pensamento por oito horas seguidas | Reprodução/X/Neuralink
Noland Arbaugh (à direita) é o primeiro implantado da Neuralink. Ele consegue jogar videogame com o pensamento por oito horas seguidas | Reprodução/X/Neuralink

Logo após a inserção do chip, Arbaugh, que é tetraplégico e não tem movimento abaixo dos ombros desde 2017, conseguiu controlar um cursor na tela de um computador usando seu pensamento, se comunicou com amigos, jogou e interagiu.

Atividades simples que, para uma pessoa nestas condições, se tornam uma libertação.

Em fevereiro, ele percebeu que o dispositivo estava falhando; a maior parte dos fios se soltou do cérebro, ficando conectados apenas 15%, e deixou de fazer a leitura dos sinais elétricos que leem os pensamentos e integram o humano com a máquina.

O N1 passou por uma reprogramação para contornar o problema, e parte das funções foram recuperadas.

Em busca do paciente número 2

elon musk na apresentação do neuralink
elon musk na apresentação do neuralink

Com a autorização da FDA, a Neuralink já busca um segundo participante para realizar a cirurgia em junho.

Segundo a empresa, mais de mil tetraplégicos se inscreveram para participar do estudo. Menos de 100 estão qualificados para participar dos testes com os implantes.

Até o final deste ano, a Neuralink espera implantar o N1 em 10 pessoas e produzir vários receptores para estudar comportamentos.

No entanto, segundo uma fonte ouvida pela Dow Jones, a grande dificuldade da empresa de Musk é encontrar diversidade entre os pacientes, já que a maioria dos inscritos são homens brancos.

A empresa deve enviar pedidos aos órgãos reguladores de saúde do Canadá e do Reino Unido para expandir seus testes com o N1 nesses países.

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