IA da Meta e OpenAI geram conteúdo sexista, aponta estudo da Unesco
Organização voltada para cultura da ONU alerta que as ferramentas mostram preconceitos contra mulheres
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Cido Coelho
Segundo um estudo da Unesco, Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura, lançado na quinta-feira (7), as ferramentas de inteligência artificial mais usadas no mundo mostram preconceito contra as mulheres. Ou seja, fazem conteúdo sexista.
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Empresas como Meta e OpenAI são citadas como intervenientes no mercado da IA, onde os algoritmos são treinados em grande volume de dados que são retirados da internet.
Com isso, refletindo o estilo e comportamento das pessoas nas ferramentas digitais como escrever do jeito de um escritor famoso ou criar imagens como um artista renascentista.
No entanto, o levantamento da Unesco mostra que as inteligências artificiais tem sido alvo de críticas por criarem estereótipos raciais e sexistas, além de usar material protegido por direitos autorais sem autorização.
Testes evidenciam o problema
Em testes realizados nos algoritmos Llama 2, da Meta, GPT-2 e GPT-3,5, da OpenAI, mostra que cada algoritmo que é sustentado por grande modelo de linguagem (LLM) apresentou "evidências inequívocas de preconceito contra as mulheres".
Os programas geravam textos que associavam os nomes das mulheres a palavras como "casa", "família" ou "filhos" e os homens eram associados a "negócios", "salário" ou "carreira".
Os homens eram ilustrados em empregos de alto status, como professores, advogados e médicos. Já as mulheres eram mostradas em posições inferiores ou depreciadas como prostitutas, cozinheiras ou empregadas domésticas.
No fim dos testes foi apontado que o GPT-3.5 é a ferramenta menos tendenciosa que a sua versão superior e a versão concorrente da Meta.