Hackers ligados à Coreia do Norte batem recorde de ataques em 2023
Relatório aponta que cibercriminosos roubaram cerca de R$ 5 bilhões; parte dos recursos seriam destinados para o programa nuclear norte-coreano
Cido Coelho
Hackers ligados à Coreia do Norte bateram recorde de ataques as plataformas de criptografia em 2023. É o que aponta o relatório da empresa de análise de blockchain Chainalysis, que aponta que em 2023 foram 20 ciberataques.
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Apesar do número alto de ataques, o roubo dos criptoativos foi em menor número em relação a 2022, quando os hackers roubaram US$ 1,7 bilhão, contra US$ 1 bilhão (R$ 5 bilhões) em 2023.
Estes invasores cibernéticos, junto aos grupos de espionagem Kimsuky e Lazarus Group, têm usado várias táticas maliciosas para conseguir grandes quantidades de ciberativos.
Outro relatório produzido pela empresa de inteligência TRM Labs aponta que hackers ligados à Coreia do Norte teriam roubado US$ 600 milhões em 2023.
O grupo Lazarus também teria roubado US$ 41 milhões em critptoativos de um cassino online e um site de apostas. Um relatório do governo dos Estados Unidos também aponta que este grupo norte-coreano usava uma ferramenta de lavagem de dinheiro virtual, o Sinbad.io, que mistura as moedas virtuais deixando as transações mais difícies de ser rastreadas. O serviço foi fechado pelo FBI.
O relatório do Chainalysis aponta também que o governo norte-coreano estaria usando esses recursos vindo do cibercrime para financiar seu programa nuclear.
“A maioria dos especialistas concorda que o governo norte-coreano está usando esses ativos roubados para financiar seus programas de armas nucleares”, relata o estudo.