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Estados Unidos reduzem 90% do seu arsenal nuclear; Rússia lidera e China aumenta estoque

Quantidade de armamentos caiu de 31.255 para 3.748; é o menor volume de armas desde o pico da Guerra Fria em 1967

Estados Unidos reduzem 90% do seu arsenal nuclear; Rússia lidera e China aumenta estoque
Estados Unidos reduziu estoque de armas nucleares para o menor nível desde o auge da Guerra Fria no final da década de 1960 | Imagem gerada por IA
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Os Estados Unidos revelaram a quantidade de ogivas nucleares em seu estoque de armamentos. E, segundo os dados revelados no relatório “Transparência no estoque de armas nucleares dos EUA” pela Administração Nacional de Segurança Nuclear (NNSA), até setembro de 2023, o país mantém 3.748 unidades de armas nucleares, ficando abaixo da Rússia, que tem mais de 4 mil ogivas.

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Esta é a primeira vez desde 2021 que o governo norte-americano decide desclassificar os dados de seu estoque de armas nucleares e resolve divulgar ao público. No pico da Guerra Fria, com a então União Soviética, o país possuía, em 1967, 31.255 unidades.

O estoque nuclear contém ogivas ativas, que incluem armas estratégicas e não-estratégicas mantidas em configuração pronta para o uso.

Já as ogivas inativas são mantidas em um depósito em status não operacional, e seus frascos de trítio (um isótopo que libera energia para fusão nuclear) estão removidos do armamento.

+ Confira a íntegra do relatório (pdf, em inglês)

Menor número de ogivas desmanteladas em um único ano desde 1994

Estados Unidos chegou a ter 31.255 ogivas nucleares ativas e agora têm 3.748 armamentos do tipo | Reprodução/NNSA
Estados Unidos chegou a ter 31.255 ogivas nucleares ativas e agora têm 3.748 armamentos do tipo | Reprodução/NNSA

Segundo o relatório da NNSA, apenas 69 ogivas nucleares foram desmanteladas pelos Estados Unidos até setembro de 2023.

A ogiva desmantelada é aquela que foi desmontada, deixando apenas as partes componentes, sem o artefato nuclear montado.

Com isso, o menor número de ogivas desmanteladas pelo país em um único ano desde 1994. Em 2022, o país desmantelou 122 ogivas, e em 2021 foram 214.

“Aproximadamente, 2.000 ogivas nucleares adicionais estão atualmente desativadas e aguardando desmantelamento”, aponta o relatório.

  • No final de 1967, o EUA possuía 31.255 armas nucleares, ou seja, uma queda de 88% do estoque nuclear se comparar com o mês de setembro de 2023.

  • Em 1989, esse número caiu para 22.217 armas nucleares. Atualmente, esse número, para o alívio da humanidade, está em 3.748 armas nucleares.

  • O gráfico divulgado no relatório da NNSA mostra que os Estados Unidos reduziram seu estoque de armas para 13.708 em 1992, contra 19.008 em 1991.

  • O documento reforça que desde 30 de setembro de 1991, os EUA diminuíram em mais de 90% o volume de armas nucleares não-estratégicas.

Essa redução de armas não-estratégicas não está sob o tratado New Start, acordado entre Estados Unidos e Rússia para redução de armas nucleares, estabelecendo limites para ogivas nucleares estratégicas implantadas.

Rússia lidera estoque e China aumenta ogivas

China amplia estoque de armamento nuclear, mas ainda está bem longe do estoque russo e norte-americano | Imagem gerada por IA
China amplia estoque de armamento nuclear, mas ainda está bem longe do estoque russo e norte-americano | Imagem gerada por IA

Em junho, o Instituto Internacional de Pesquisa da Paz de Estocolmo (SIPRI) lançou seu anuário do estado dos armamentos, desarmamento e segurança internacional.

O Anuário SIPRI 2024 mostrou que o número e os tipos de armas nucleares em desenvolvimento aumentaram em 2023.

O dado do inventário global aponta que o mundo tem 12.121 ogivas em janeiro de 2024, com cerca de 9.585 unidades em estoques militares para uso potencial.

“Enquanto o total global de ogivas nucleares continua a cair à medida que as armas da era da Guerra Fria são gradualmente desmanteladas, lamentavelmente continuamos a ver aumentos ano a ano no número de ogivas nucleares operacionais”, disse o diretor do SIPRI, Dan Smith. “Essa tendência parece provável que continue e provavelmente se acelere nos próximos anos e é extremamente preocupante”, completou.

Segundo o relatório sueco, a China aumentou o número de ogivas em 20%, de 410 em janeiro de 2023 para 500 em janeiro de 2024.

O SIPRI aponta que até 2030, a China pode ter quantidade semelhante de mísseis balísticos intercontinentais quanto os Estados Unidos e a Rússia.

“Mas em quase todos os estados com armas nucleares há planos ou um esforço significativo para aumentar as forças nucleares.”, analisa Hans Kristensen, associado sênior do Programa de Armas de Destruição em Massa do SIPRI e diretor do projeto de Informação Nuclear da Federação de Cientistas Americanos (FAS).

A Rússia foi colocada na liderança com o maior estoque de armas nucleares militares com 4.380 ogivas. No entanto, esse número não conta as ogivas aposentadas que os russos planejam desmantelar.

O Reino Unido (225) está em terceiro lugar, atrás dos Estados Unidos, e planeja aumentar seu arsenal para 260 ogivas. França (290) está na quarta posição entre os países mais armados com o recurso destrutivo.

Além disso, a Índia (172), Paquistão (170), Coreia do Norte (50) e Israel (90) figuram na lista entre os países que possuem armamento atômico.

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