Dono da Claro vai investir mais de R$ 40 bilhões no Brasil para expandir 5G e fibra
Após reunião com Lula, Carlos Slim defendeu a neutralidade da rede e taxação das big techs no uso intensivo de dados de telecomunicações
Um dos homens mais ricos da América Latina, o mexicano Carlos Slim, dono do Grupo América Móvil, controlador da Claro, anunciou investimento de mais de R$ 40 bilhões na rede de infraestrutura de telecomunicações no Brasil até o ano de 2029.
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Após a reunião, que aconteceu na última sexta-feira (19), Slim falou aos jornalistas que as condições de investimento no Brasil estão melhores e que há muitos planos e interesses de investir em tecnologia no país.
"Falamos das economias, como estão, a economia do Brasil, que está cada vez melhor, com a inflação muito reduzida, muitos planos de investimento e o interesse que temos de seguir investindo em telecomunicações", disse em conversa com jornalistas.
Lula se manifestou nas redes sociais sobre o investimento do bilionário mexicano no país e destacou as oportunidades geradas no setor de telecomunicações brasileiro.
"Recebi o empresário mexicano Carlos Slim, fundador e controlador do Grupo América Móvil (AMX) e sua equipe. Na conversa, falamos sobre a expansão da rede de fibra ótica e 5G no Brasil e das oportunidades de parcerias comerciais no setor de telecomunicações. Slim anunciou o investimento estimado de R$ 40 bilhões no país nos próximos cinco anos no nosso país", disse Lula em sua conta no X (antigo Twitter)
Slim apoia neutralidade da rede e defende regulação das big techs
Segundo Slim, as quatro maiores empresas de tecnologia do mundo -- Apple, Microsoft, Meta e Alphabet (Google), usam 70% da rede de tráfego de dados oferecidas pelas empresas de telecomunicações e acredita que elas devem pagar pelo uso constante destes dados.
"Eu creio que a neutralidade da rede faz com que as grandes empresas, que fazem grandes operações, usem a rede, e seria conveniente que fizessem um pagamento mínimo, que se reverta em benefício ao consumidor, através de mais investimento e menores preços", afirmou.