Dados de 38 milhões de clientes da Netshoes são roubados por hacker
Empresa fala em "incidente cibernético" e Procon vai averiguar o roubo
Um hacker publicou em um fórum de hackers que conseguiu invadir e roubar dados de 38 milhões de clientes da loja esportiva online Netshoes, que pertence a rede de varejo Magazine Luiza. Além disso, informações sobre 40 milhões de pedidos também seriam sido levadas e publicadas na internet.
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Segundo a publicação feita no X (antigo Twitter), neste mês o sistema da Netshoes foi invadido, sendo roubado um banco de dados de 38 milhões de usuários, com informações de nome, telefone, endereço completo dos clientes, data da compra, número da compra, status da compra, informações da entrega, além do histórico de compra desses clientes entre 2015 e 2024.
O cibercriminoso disse que está vendendo o banco de dados por US$ 500 (R$ 2.745 na cotação atual).
Netshoes diz ser vítima de um "incidente cibernético"
O SBT News também procurou a Netshoes, que é controlada pela rede de varejo Magazine Luiza, e disse que foi "vítima de um incidente cibernético" e que o fato 'não envolveu informações sensíveis e não afetou as operações da empresa" e que reforçou todas as medidas de segurança e controle dos dados e vai trabalhar com as autoridades para esclarecer o caso.
"A empresa também iniciou uma investigação forense sobre o ocorrido e trabalhará juntamente com os órgãos competentes, inclusive com a Autoridade Nacional de Proteção de Dados, para esclarecer as circunstâncias do episódio e evitar eventuais contratempos aos clientes", diz a Netshoes em nota.
Procon de SP vai averiguar o caso
Em nota ao SBT News, o Procon-SP disse que instaurou "um procedimento de averiguação" sobre o caso para esclarecer "se houve problemas relacionados à legislação sobre armazenamento e proteção de dados", assim como se houve dano ao Código de Defesa do Consumidor.
"O órgão de defesa do consumidor paulista quer esclarecer se houve problemas relacionados à legislação sobre armazenamento e proteção de dados, pois além da regulação específica, também o Código de Defesa do Consumidor tem de ser observado em situações como essa", disse a autoridade paulista.