Curso gratuito para quem pretende se transformar em "hacker do bem" começa nesta segunda
Brasil tem cerca de 300 mil vagas não preenchidas na área de segurança cibernética
Hacker é aquela pessoa geralmente associada a crimes virtuais e violações digitais. Mas o conceito vai bem além. "São pessoas que têm conhecimento tecnológico, têm conhecimento de sistemas, têm conhecimento da rede de computadores. A tecnologia, ela tá aí pra gente utilizar de todas as formas, seja ela pro bem, seja ela pro mal, vai a gente entender como se utiliza essa tecnologia e, realmente, utilizar ela pro trabalho, pra empresas". A explicação é da professora de direito digital Flávia Figueira.
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São esses "hackers do bem", por exemplo, que ajudam o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) a testar a segurança e vulnerabilidade das urnas eletrônicas. Agora, um programa da rede nacional de ensino e pesquisa, com o apoio do Ministério de Ciência e Tecnologia, quer formar mais jovens capacitados a defender empresas de ataques cibernéticos.
Para a diretora de pesquisa, desenvolvimento e inovação da Rede Nacional de Ensino e Pesquisa (RNP), Iara Machado, a educação é a chave. "O grande objetivo é a formação, capacitar pessoas nessa linha, nesse tema, que possam ir pro mercado de trabalho resolver esses problemas".
Para participar, o interessado precisa estar frequentando o ensino médio ou já ter concluído o curso. As aulas são online e têm selo de qualidade do Senai e da Escola Superior de Redes. Mais de oitenta mil pessoas já se inscreveram, mas ainda é possível se cadastrar pelo site do programa.
Hackers do Bem
O Hackers do Bem tem como objetivo desenvolver recursos humanos em cibersegurança, portanto, não é necessário ter experiência para se inscrever na formação.
As aulas começam segunda-feira (22). Segundo Iara Machado, para fazer o curso, basta estar interessado. "Você não precisa saber nada de segurança cibernética, nada disso. Você vai começar do zero. A gente vai apresentar desde o início, você vai ter exercícios, simuladores, várias ferramentas que você começa realmente a utilizar pra se se capacitar", explica Iara.
Quem chegar até o final do curso, que tem duração de um ano, poderá participar de residência tecnológica em empresas associadas ao programa, nos estados onde mora. Apaixonado pelo mundo dos computadores, o estudante João Gabriel já garantiu a vaga dele.
"É uma oportunidade única e exclusiva porque você não encontra isso na internet, um conteúdo que seja cheio de profissionais qualificados, com currículo de peso e totalmente acessível. Você consegue acessar tanto pelo computador, quanto pelo celular e você tem todo um conteúdo, toda uma comunidade pra poder te ajudar, se você tiver algum problema, vai ter um professor que vai te orientar", comemora o estudante.