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Tecnologia

97% dos profissionais do setor financeiro vêem IA como vantagem no mercado, aponta pesquisa

Levantamento mostra ainda que os bancos, principais empregadores desse público, não estão preparados para acompanhar transformação

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Cerca de 97% dos profissionais do setor financeiro querem aprender sobre IA - Reprodução
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Cerca de 97% dos profissionais do setor financeiro querem aprender sobre Inteligência Artificial (IA) para se destacar na carreira. É o que revela um estudo inédito da 4U EdTech, empresa do ramo digital, divulgado nesta segunda-feira (15). O levantamento mostra ainda que os bancos, principais empregadores desse público, não estão preparados para acompanhar essa transformação.

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Realizada com 99 profissionais da área, a pesquisa aponta que 97% consideram essencial aprender sobre IA, atribuindo notas 4 ou 5 em uma escala de 0 a 5, com média de 4,85 pontos. Para 94,9% dos entrevistados, a tecnologia representa uma oportunidade concreta de crescimento e reinvenção profissional.

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Segundo Edgar Abreu, CEO da 4U EdTech, dominar a IA garante não apenas segurança no emprego, mas também vantagens competitivas no mercado.

“Hoje não se trata mais de perguntar se a inteligência artificial vai impactar o mercado financeiro, mas quando e em que velocidade. Quem entende de IA se protege de substituições e cria novas oportunidades de liderança dentro do banco. A virada de chave é transformar o medo em vantagem competitiva”, afirma.

Profissionais atentos, bancos atrasados

Apesar do entusiasmo dos trabalhadores, o estudo mostra um descompasso entre profissionais e instituições: apenas 43,5% acreditam que os bancos estão prontos para lidar com a IA, com nota média de 3,37. O dado sugere que, enquanto os funcionários buscam se qualificar, as organizações ainda enfrentam gargalos de governança, estrutura e capacitação tecnológica.

Automação com limites

A pesquisa também indica que 72,7% dos entrevistados acreditam que a IA deve substituir apenas atividades repetitivas e rotineiras. Já funções que exigem julgamento humano, interpretação de regras e interação com pessoas devem ser fortalecidas pela tecnologia, não eliminadas.

O temor pessoal em relação à IA ainda existe: 38,4% afirmaram sentir alta apreensão, com média de 3,18. Para Abreu, esse receio tende a diminuir à medida que empresas invistam em políticas claras, transparência e capacitação.

“Não dá para lutar contra a tecnologia, mas dá para se qualificar. Quando o profissional entende o que está por trás da IA, passa a usá-la como extensão do trabalho. Isso só é possível com educação corporativa séria e governança ética”, explica Abreu.

Para o professor de Ciência da Computação da PUC do Rio Grande do Sul, Dalvan Jair Griebler, a IA pode beneficiar o dia a dia dos profissionais. No entanto, ele alerta que a tecnologia não é treinada o suficiente para identificar os contextos das situações e, por isso, acaba reproduzindo o que já existe.

"Não é que vai destruir o emprego. Acontece que nós vamos ter pessoas que vão saber usar a IA e outras que não vão saber. As pessoas que souberem usar, elas vão tirar benefício e com certeza vai ter emprego para essas pessoas", destaca o professor de Ciência da Computação.

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