Muito além do Bard, Google anuncia PaLM 2 para concorrer com GPT-4, da OpenAI
Modelo de Linguagem de Caminhos trabalha com 20 linguagens de programação
Durante o evento Google I/O, que aconteceu na 4ª feira (10.mai), em Mountain View, na Califórnia, a Google anunciou o lançamento do PaLM 2, ou Modelo de Linguagem de Caminhos em tradução livre. É uma ferramenta de inteligência artificial capaz de gerar textos, faz escrita criativa, semelhante com os produzidos por humanos, além de ser um programador que trabalha com diversas linguagens de programação.
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Segundo Zoubin Gharamani, vice-presidente do Google DeepMind, o PaLM 2 é um dos modelos de IA mais eficientes que o Google desenvolveu. Conseguindo trabalhar com dezenas de linguagens de programação, ou seja, mais eficiente que qualquer programador humano e ainda trabalha com versões de linguagens muito específicas como Prolog, Fortan e Verilog.
"O PaLM 2 usa os chips personalizados de IA do Google e é mais eficiente de operar do que os modelos anteriores. O novo modelo é capaz de trabalhar com mais de 20 linguagens de programação, incluindo o antigo Fortran, e mais de 100 idiomas falados", afirmou o executivo.
A Google vem desenvolvendo a tecnologia de IA há algum tempo. Em 2021, foi lançado o LaMDA, para chatbots, além da primeira versão do PaLM, que foi lançada no ano seguinte.
Segundo a empresa, cerca de 20 produtos já estão com o PaLM 2 embarcado e que a versão mais leve do programa pode ser suportada por um dispositivo móvel.
O Google garante que a ferramenta "é aprovada em exames avançados de proficiência linguística no nível de 'maestria'", com domínio de equações matemáticas.
A ferramenta está disponível para testes no Google Workspace, voltada para uso no escritório, como documentos, planilhas e entre outros.
Um programador para chamar de seu
O PaLM-2 tem capacidade de programar, e algumas soluções já estão rodando nas plataformas da Google como o Cloud, que terá o Code Assistance, ou "Assistente de Código", que vai auxiliar na geração de códigos, de forma automática para o Google Cloud Storage.
O Code Assistance terá um assistente de chat, um chatbot, que vai dar apoio sobre o que quer que seja programado ou aprimorado. Esta IA entende comandos e poderá fazer a tarefa até o fim ou poderá indicar como fazer determinada codificação. Após o desenvolvimento do código, também poderá monitorar o desempenho e se o trabalho deu certo.
Ele poderá pedir uma linguagem generativa para desenvolver uma função nova em um aplicativo, assim, ele escreverá um código que vai aprimorar o sistema. Porém, apesar do desenvolvimento da IA, como o PaLM 2, a ideia é que esta tecnologia ajude os desenvolvedores no desenvolvimento de aplicações para melhorar a produtividade eliminando tarefas repetitivas que não são importantes.
Versão para médicos e para cibersegurança
Em agosto será liberado para testes entre os profissionais da saúde, uma versão médica da nova IA, o Med-PaLM 2, que tem o objetivo de "responder perguntas e resumir percepções de uma variedade de textos médicos densos", assim trabalhando com o conhecimento médico.
O chatbot responde perguntas, resume percepções e elabora relatórios médicos a partir de algumas diretrizes configuradas. Neste momento, a ferramenta segue em testes fechados.
E para segurança cibernética, o Sec-PaLM será disponibilizado para testes via Google Cloud, cuja IA vai analisar e explicar o comportamento de "textos potencialmente maliciosos e detectar melhor quais mensagens são realmente ameaças a pessoas e organizações".
Após 'bater cabeça', Google quer superar GPT-4
O PaLM 2 será liberado em quatro tipos e tamanhos, do menor ao maior: Gecko, Otter, Bison e Unicorn.
A Google corre atrás do prejuízo e fez uma série de lançamentos no I/O para mostrar que está a altura do ChatGPT, desenvolvido pela OpenAI, com investimento da Microsoft, dona do Bing Chat, que já usa a tecnologia de IA no buscador.
O ChatGPT foi mostrado ao mundo no final de 2022 e com isso, a tecnologia de inteligência artificial ganhou a atenção de todos e tornou-se um dos buscadores mais consultados do mundo, com mais de 100 milhões de buscas diárias, mostrando ser um rival à altura do Google.
À época, o lançamento parece ter assustado a gigante Google, que saiu atrasado na corrida do desenvolvimento, ao anunciar o Bard, três meses depois, de forma improvisada.
Agora, com o avançar do tempo, e do ano, consegue-se, com mais clareza mostrar que também é capaz de desenvolver uma tecnologia de inteligência artificial a altura, que possa ser atualizado em todos os seus serviços.