Europa quer concorrer com China e EUA na indústria de semicondutores
'Velho continente' prevê desenvolvimento de indústria local de chips para reduzir a dependência externa
A União Europeia prepara um plano de investimento de 43 bilhões de euros para desenvolver sua própria indústria de semicondutores para concorrer com os Estados Unidos e China.
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O texto, que deve ser votado em 18 de abril, faz parte de uma ação da Comissão Europeia que aprovou uma lei de chips para reduzir a dependência de semicondutores vindos da Ásia e de produtos desenvolvidos nos Estados Unidos.
"A recente escassez global de semicondutores forçou o fechamento de fábricas em vários setores, de carros a dispositivos de saúde. Isso tornou mais evidente a extrema dependência global da cadeia de valor de semicondutores de um número muito limitado de atores em um contexto geopolítico complexo", relata a proposta.
O relatório avalia que 1 trilhão de chips foram fabricados em todo o planeta durante o ano de 2020.
Segundo a proposta, a UE quer dobrar a participação no mercado global de chips, passando para 20% até 2030.
A lei europeia é considerada uma resposta ao governo dos Estados Unidos, que lançou um plano semelhante, para fazer frente a China nesta indústria.
Nos próximos dias o parlamento europeiu deve se reunir para refinar os detalhes da proposta para que o texto final seja votado rapidamente, diante de um amplo consenso.
A União Europeia busca fazer toda a cadeia de produção de chips, desde os mais avançados, até os mais usados, como os de 28 milímetros.
No plano de investimento está previso também acelerar a pesquisa e o desenvolvimento de novas tecnologias, ajudando os países menores, que buscam atrair empresas para suas regiões.
Estes países já se queixaram da desigualdade no setor quando a fabricante de chips Intel investiu bilhões para se instalar na Alemanha.