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Tecnologia

Países assinam 1º acordo para uso ético de inteligência artificial militar

EUA e China concordaram com pedido. Brasil alegou questões burocráticas com o Itamaraty

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apresentação de robo que pode ter uso de inteligencia artificial militar
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Com a ascendência da tecnologia de inteligência artificial pelo mundo, um encontro que deu o primeiro passo para um acordo internacional sobre o assunto aconteceu na cidade de Haia, na Holanda, e co-organizada pela Coreia do Sul.

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O REAIM, Encontro do Uso Responsável da Inteligência Artificial Militar, que aconteceu na 5ª feira (16.fev), reuniu mais de 80 países para discutir o uso da tecnologia em meios militares de forma ética. Destes, 61 assinaram um acordo em comum para seguir algumas diretrizes.  

A Holanda, que pesquisa o tema nas universidades desde 2019, tomou a decisão de reunir os países para discutir o impacto da inteligência artificial nas forças armadas, como a regulamentação de uso e o poder destrutivo de drones e robôs.

Entre os participantes estavam os Estados Unidos e a China e no REAIM foram discutidos o avanço das tecnologias de IA nos domínios militares e seus riscos para a população durante conflitos armados. 

No encontro foi estabelecido que os sistemas de inteligência artificial devem apenas prover informações para os militares com uso de forma responsável.
 

61 países assinaram o acordo de ética em IA militar | Divulgação/Governo da Holanda

A IA já é utilizada para reconhecimento de pessoas, vigilância e análise de situações e no futuro próximo será possível que a tecnologia tenha autonomia para escolher alvos e até mesmo ter o controle e o comando de sistemas de ataques nucleares.

Um documento foi assinado com alguns compromissos iniciais sobre como desenvolver a IA de forma que respeite a legislação internacional, não prejudique a segurança e estabilidade no mundo. 

Preocupações envolvem a fabricação, desenvolvimento e autonomia da inteligência artificial na estratégia militar e de segurança | Divulgação/Governo da Holanda

Os Estados Unidos propuseram que os sistemas de armas de IA envolvam apenas níveis apropriados de julgamento humano, como já determinado por suas diretrizes no Departamento de Defesa.

Para a China, os países deveriam se opor à busca de vantagem militar absoluta e hegemônica por meio da IA, trabalhando por meio da Organização das Nações Unidas(ONU).

Rússia e Coreia do Norte não participaram do encontro. Japão, Bélgica, França, Chile, Japão, Iraque, Espanha, Alemanha, Suécia, Portugal, Cingapura e outros também assinaram. Israel não quis assinar o acordo.

Brasil pediu mais tempo para avaliar o acordo | Divulgação/Governo da Holanda

O Brasil pediu mais tempo para analisar o texto do acordo, devido a questões burocráticas com o Itamaraty.

O acordo também estabelecerá uma Comissão Global de IA para ampliar a conscientização de uso da inteligência artificial e determinar sua fabricação e implantação de forma responsável, além das questões de governança da tecnologia.
 

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