Yahoo vai demitir 1.600 funcionarios até o fim de 2023
Empresa fará reestruturação do modelo de anúncios. Escritório no Brasil será fechado
Cido Coelho
O Yahoo anunciou demissão de 20% da sua força de trabalho, ou seja, mais de 1.600 funcionários, devido a um plano de reestruturação global na área de tecnologia de anúncios da empresa. O escritório no Brasil será fechado até o fim de março.
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Segundo o jornal digital Axios, as informações foram passadas em entrevista pelo CEO da empresa, Jim Lanzone, feita na 5ª feira (09.fev). Foram eliminados 1 mil vagas de trabalho na 5ª feira (09.fev), representando 12% do total de cortes do Yahoo e os outros 8% dos cortes vão acontecer no segundo semestre deste ano.
As mudanças encerram os esforços da empresa de competir diretamente com Google e o Meta na corrida da publicidade digital. Lanzone ressaltou a Axios que os cortes não se devem a problemas ou desafios financeiros, mas sim, por alterações na unidade de publicidade Yahoo for Business que não dá lucro. A empresa está modificando o negócio de tecnologia de anúncios.
Ele garante que as mudanças serão "extremamente benéficas para a lucratividade do Yahoo em geral", para que seja possível investir em outras áreas do negócio. As mudanças visam simplificar e fortalecer as partes boas do negócio, enquanto encerram o restante. Era muito intensivo em recursos para fazer tudo de uma vez, explica.
O Yahoo gera anualmente US$ 8 bilhões em receita.
Yahoo e AOL foram vendidas para um fundo de investimento
Em 2021, o Yahoo e a AOL foram adquiridos pela empresa de fundo de investimentos private equity Apollo Global Management por US$ 5 bilhões.
As duas empresas juntas buscaram se aperfeiçoar e adquiriram mais de 30 empresas de tecnologia nos últimos 10 anos.
Quando a gigante norte-americana de telecomunicações Verizon fez a aquisição da AOL e do Yahoo em 2015 e 2017, a empresa esperava alavancar todos os conjuntos de dados e seus negócios de tecnologia de anúncios para criar uma plataforma de anúncios digitais que poderia concorrer com Google ou Meta, Facebook na época.
Partes desta plataforma unificada, que prometia aos anunciantes comprar e vender anúncios, não conseguiu entregar o prometido, foi então que as decisão das demissões foi tomada.
"Muitos recursos estavam indo para essa pilha [de dados] unificada sem retorno", acrescentou Lanzone.